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Museu do Homem do Homem do Nordeste realiza pesquisa etnográfica na Fenearte
A Fundação Joaquim Nabuco por meio do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), realizou nesta sexta-feira (15) uma pesquisa etnográfica na 22º edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte). Com uma variedade de objetos artesanais que representam a cultura de cada localidade da região Nordeste e de outras partes do Brasil, a feira também é vista não só como um espaço de comércio, mas de estudo da cultura popular.
“É possível avaliar dentro dessa dinâmica, as retrações e ascensões de alguns territórios, a permanência de alguns mestres e, claro, tem linhas de escolas como a do Vale do Catimbau, a de Alagoas, de Caruaru”, explica Ciema Melo, antropóloga e chefe da Divisão de Estudos Museus do Muhne.
Na prática, a pesquisa documentará as peças expostas na Fenearte, em um relatório etnográfico, para comparar com o acervo disponibilizado pelo museu. “O Muhne é muito singular, porque ele é expedicionário. Ele sai de casa e isso dá uma originalidade ao museu, que não vive e nasce do passado, ele vive no presente expandido”, afirma a antropóloga.
Além da antropóloga, o trabalho realizado nesta sexta, contou com a participação da coordenadora-geral do Muhne, Fernanda Guimarães, a coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias, Edna Silva, a coordenadora de Exposição em exercício, Silvana Araújo, o responsável pelo conservo da peças do Museu, Risomildo Guedes, o museólogo Henrique Vasconcelos, o servidor Victor Araújo, Cecília Dias, chefe do Laborarte, e uma equipe de monitores do educativo e de museologia.
VIZINHANÇA
A visitação do Muhne à Fenearte será um momento importante de conexão com as atividades já realizadas pelo museu, e que traduz bem a dinâmica de um espaço que foge do padrão estático e que não é recluso.
Um exemplo disso, são as peças do artesão Sérgio Bandeira, que estão em exibição na feira. Ele participou do projeto “Museu da Vizinhança'', promovido pelo Muhne, e que contou com a exposição de artistas que moram na vizinhança do bairro de Casa Forte. Foi nessa mostra que Sérgio expôs seu trabalho pela primeira vez.