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Muhne recebe performance de artistas que pesquisam o colonialismo e a escravatura
O Museu do Homem do Nordeste (Muhne), equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), recebe, no próximo dia 29, às 16h, a performance "Alva Escura", uma criação dos artistas Dori Nigro e Paulo Pinto. A apresentação é gratuita e tem duração de 30 minutos. "Alva Escura" foi premiada em 2022 pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), órgão ligado ao Ministério da Cultura da República Portuguesa. Esta será a primeira apresentação em Pernambuco da performance, que já passou pelo Theatro José de Alencar, em Fortaleza, no Ceará.
“Alva Escura” é uma performance que nasce de uma pesquisa contínua dos artistas, iniciada em 2007, sobre anúncios de venda, aluguel e busca de pessoas escravizadas, nos jornais brasileiros do século XIX, e receitas de comidas coloniais que atravessam os tempos. “É uma ação simples e provocadora, que aponta uma herança que recai sobre nós. É um trabalho que confronta passados presentes, desenhamos diálogos de alteridade, onde a palavra é notícia, receita, oração, revelando uma canção imagética que arranha in/consciências”, declaram os artistas.
Sobre os artistas
Dori Nigro (Olinda, PE) e Paulo Pinto (Juazeiro do Norte, CE) são performers, arte-educadores, pesquisadores com passagem pela Universidade Católica de Pernambuco, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Companheiros de vida/arte que atuam ativando temáticas ligadas à ancestralidade/espiritualidade, memórias pessoais/familiares/sociais, herança colonial, corpos dissidentes, educação/saúde mental.
Serviço:
Performance "Alva Escura"
Dia: 29/02
Hora:16h
Local: Museu do Homem do Nordeste
Entrada gratuita