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Muhne recebe educadores de Pernambuco para falar sobre mediação por meio do corpo
Educadores e mediadores culturais da Região Metropolitana do Recife se reuniram nesta terça-feira (25) para compartilhar experiências e dialogar sobre práticas educativas por meio do corpo. Promovido pelo Museu do Homem do Nordeste (Muhne), equipamento cultural da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco, o “De Mediador para Mediador” aconteceu na Sala Calouste Gulbenkian, localizada no campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte.
“Esse movimento é muito importante e estamos felizes com o seu retorno pós-pandemia. Antes, o evento era só uma conversa para falar sobre dificuldades e êxitos dos museus. Quando foi proposta essa nova edição, convidamos também funcionários que atuam em funções diferentes para estarem presentes escutando e construindo junto com a gente”, afirmou a coordenadora de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste, Edna Silva.
Num papo bastante descontraído, integrantes de instituições como a Caixa Cultural, o Museu do Recife e o Murilo La Greca puderam ouvir as experiências dos educadores do Muhne, Alisson Henrique, Catarina Martins e Cleyton Nóbrega, da educadora da Oficina Francisco Brennand, Nayara Passos e do educador da Galeria de Artes Corbiniano Lins (Sesc), Eduardo Bezerra Jr.
Durante a tarde, os presentes conheceram oficinas já realizadas para provocar a sensibilização por meio do movimento da dança, dos sons e do teatro, como as oficinas Imersão e Ancestral Corpo Sonoro. A construção da mediação democrática, a escuta e o papel e a valorização do mediador também foram discutidos.
Direcionado à mediadores, o Projeto Imersão, compartilhado por Nayara Passos e Eduardo Bezerra Jr, é um espaço de criação compartilhada que partiu da Oficina Francisco Brennand como laboratório para investigação de poéticas e linguagens nas artes. No Módulo 1 da atividade, os participantes realizam jogos teatrais que deixam o corpo ativo e atento, escrevem uma carta para si e fazem uma atividade de mediação por meio de movimentos. Já o módulo 2 trabalha a palavra, seu significado dentro da mediação e a criatividade que surge a partir disso.
O educador Cleyton Nóbrega apresentou o planejamento e o vídeo do teatro sobre o Bumba-meu-boi (patrimônio imaterial), que o Muhne realizou durante o período de fechamento por conta da pandemia da Covid-19 e envolveu parte da equipe do Educativo. Por fim, Alisson Henrique apresentou a metodologia da oficina Ancestral Corpo Sonoro, que usa sons de instrumentos para pensar sobre os sons do corpo.
Em breve, uma nova edição da programação será marcada. Dessa vez, com uma nova temática e em um novo espaço.