Notícias
Muhne realiza mediação cultural com estudantes do Instituto Federal da Paraíba
O Museu do Homem do Nordeste (Muhne), equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim nabuco, recebeu, na manhã desta sexta-feira (14), os alunos do curso de Edificações do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), do Campus Campina Grande. A mediação cultural teve como enfoque o eixo temático Brasil Colonial, buscando compreender as heranças dos povos indígenas e afro-brasileiros na formação da nossa identidade cultural e social.
O professor de História do IFPB, Glayds Veiga, comentou sobre a importância desse intercâmbio de saberes ao trazer esses estudantes para conhecerem o Muhne e, também, como a mediação tem ligação com o que tem sido lecionado em sala de aula. “Trabalhamos com uma parte da arquitetura, mas também a parte da formação cultural de cada um deles. Trazer o aluno ao museu, é mais do que conhecer obras de arte, objetos culturais. Estamos criando nele um elo de identidade, permitindo que veja o outro que é diferente daquilo que não tem em casa, seja da prática da religiosidade, dos atos culturais, da mobília em si”, disse o professor Glayds Veiga.
A estudante Sofia Saraiva, 16 anos, revelou que tem uma ligação afetiva com o eixo temático que retrata a cultura do Sertão. “Aqui a gente consegue ver e sentir na pele as nossas origens. Por exemplo, meu avô era do Sertão de Pernambuco. E conhecer melhor como ele e todos os sertanejos viviam naquela época foi muito importante”, comentou Sofia Saraiva.
Para coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva, cada visita realizada por instituições que vêm de outras localidades, seja de fora da Região Metropolitana do Recife ou até mesmo de outros estados, é uma forma do Museu, como equipamento cultural da Fundaj, despertar nestes visitantes o sentimento de pertencimento. “Cada vez mais o Muhne tem assumido esse papel de extrapolar os seus limites físicos respeitando as diferenças e elevando seu conhecimento a partir das suas semelhanças. Somos quase 54 milhões de pessoas divididas em nove estados do Nordeste, dentro de um museu que tenta ter representação de cada um deles”, observou.