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Muhne realiza encontro de educadores para falar sobre a relação entre museus e seus territórios
Educadores de museus da Região Metropolitana do Recife se reuniram na quinta-feira (22) para trocar experiências e elaborar ideias sobre mediação cultural a partir da relação com os territórios nos quais os equipamentos culturais estão inseridos e suas populações. Promovido pelo Museu do Homem do Nordeste (Muhne), o encontro “De Mediador para Mediador” foi realizado na Sala Nelson Ferreira do Paço do Frevo, Bairro do Recife. O Muhne é vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
Com o tema “Museus em seus territórios”, o encontro teve o propósito de permitir um contato mais próximo entre os mediadores culturais e discutir a relação dos museus com a população do entorno. Participaram do evento educadores do Muhne, Paço do Frevo, Cais do Sertão, Torre Malakoff, Oficina Francisco Brennand, entre outros equipamentos culturais.
Para a coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva, os encontros da ação “De Mediador para Mediador” são significativos por colocarem a relação entre educadores, museus e comunidade em evidência. “É importante que os profissionais de museus conversem entre si sobre suas práticas, vivências, facilidades e dificuldades. E também que haja a criação de novos processos para que a mediação nesses espaços cheguem às populações — e que elas se identifiquem neles e queiram visitá-los”, argumenta.
Entre as discussões presentes no encontro, foram apresentadas algumas ações formativas voltadas para mediadores e atividades itinerantes que envolvem o público geral, bem como dificuldades comuns da profissão. Um entrave compartilhado por todos os profissionais dos equipamentos culturais que participaram do encontro é o distanciamento das instituições com as comunidades do entorno.
O encontro também teve um momento de atividade prática de criação artística. Os educadores se dividiram em dois grupos para realizar uma atividade prática no Bairro do Recife para mapear elementos da paisagem e da atividade humana que remetesse a palavras do universo da mediação cultural.
Coordenadora de Educação do Paço do Frevo, Nayara Passos conta que o diálogo do centro cultural com o Museu do Homem do Nordeste surgiu como “uma oportunidade de itinerar o projeto”. Além disso, as atividades foram pensadas em conjunto para permitir não apenas uma troca de experiências, mas a criação por parte dos educadores. “É importante que algo prático saia desse espaço, e proponha alguma coisa para que esse encontro tenha reverberações na nossa prática e seja um processo formativo entre educadores”, explica.