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Muhne promove curso “22-22-22: modernidades, modernismos e contemporaneidade” sobre identidade brasileira na Fundaj-Derby
Movido pelo bicentenário da Independência do Brasil (1822) e o centenário da Semana de Arte Moderna de São Paulo (1922), o Museu do Homem do Nordeste (Muhne), por meio de sua Divisão de Estudos Museais, promove o curso livre “22-22-22: modernidades, modernismos e contemporaneidade”. Realizado por meio de 12 sessões, divididas em três módulos, a formação ocorrerá nos meses de setembro, outubro e novembro, na Sala Aloísio Magalhães, Campus Ulysses Pernambucano da Fundaj, no Derby.
O primeiro módulo, “A construção da identidade nacional como uma entrada na modernidade (século XIX)”, será inaugurado com a aula-conferência da pesquisadora titular da Fundaj, Dra. Cibele Barbosa, no próximo dia 8 de setembro, das 18h30 às 21h30. Os demais encontros deste módulo seguem cronograma com as datas 13, 23 e 29 de setembro. Para obter a declaração de curso, o aluno deverá cumprir 75% de cada módulo. Os interessados podem se inscrever gratuitamente através do site Sympla.
Tomando como marco histórico a Independência do Brasil (1822), esse primeiro módulo busca debater o processo de construção simbólica do recém criado Brasil, ainda império, a partir do ponto de vista da modernidade. As programações dos módulos seguintes, que cobrem reflexões sobre os séculos XX e XXI, serão divulgadas na proximidade do curso. Os segundo e terceiro módulos acontecerão em setembro e outubro, respectivamente, com data ainda a definir.
Com o propósito de gerar uma reflexão crítica sobre o processo de formação do Brasil, a capacitação propõe recolocar questões fulcrais deste processo histórico, edificando e atualizando a crítica com as ferramentas teóricas da contemporaneidade. “A retomada dessa temática é essencial, tendo em vista a necessidade moderna de submeter suas crenças tradicionais à operação crítica”, explicam os organizadores, Fernando Alvim, Gleyce Kelly Heitor e Silvia Barreto.
Para a antropóloga e coordenadora da Divisão de Estudos Museais do Muhne, Ciema Mello, é um exercício para responder questões sobre a identidade do povo brasileiro, reflexão cara ao campo da Antropologia. “A Semana de 22 passou para a história como uma espécie de revisionismo crítico da identidade brasileira”, explica. A antropóloga ressalta que é preciso um olhar atento para essa narrativa. Mas que, para todos os efeitos, o evento em São Paulo inaugurou um sentimento nacionalista nas artes e na língua, evidenciando as especificidades do português falado no Brasil como língua brasileira autêntica."
Confira as sessões do primeiro módulo:
08/9 - “O outro lado da modernidade: colonialismo, raça, ciência e espetacularização de corpos no século XIX”, ministrada pela pesquisadora titular da Fundaj Dra. Cibele Barbosa.
13/9 - “A criação do Museu Nacional e o discurso da ciência”, ministrada de forma virtual pela professora Dra. Maria Margareth Lopes, investigadora associada do grupo Ciência: Estudos de História, Filosofia e Cultura Científica, no Instituto de História Contemporânea (IHC/Portugal) e do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
23/9 - “O romantismo no Brasil e a construção da identidade brasileira”, ministrada pela professora de Letras na Universidade de São Paulo (USP), Dra. Cilaine Alves Cunha.
29/9 - “Museus e representações do Estado Imperial”, ministrada pelo pesquisador do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Dr. José Neves Bittencourt.
Serviço
Abertura do I Módulo: A construção da identidade nacional como uma entrada na modernidade (Século XIX)
Local: Sala Aloísio Magalhães, Campus Ulysses Pernambucano
Rua Henrique Dias, 609, Derby, Recife-PE
Data: 8/9/2022
Horário: 18h30 às 21h30