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Laborarte promove treinamento de conservação para profissionais da instituição
Preservar o patrimônio cultural, histórico, econômico e social de um lugar ganhou um significado ainda maior este ano. Após os atentados golpistas do último dia 8 de janeiro, o olhar da população ficou mais atento para o valor que documentos, peças e obras de arte têm na formação da identidade de um país. Na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), o acervo é composto por milhares de objetos que contam e reforçam a memória do Nordeste. Por isso, ao longo desta semana, um grupo de profissionais da instituição participou de um treinamento de conservação no Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte (Laborarte).
O setor tem como objetivo promover ações de restauração e conservação dos acervos documentais, artísticos e históricos da Casa. A equipe treinada vai começar a atuar em diferentes setores da Fundaj e, por isso, recebeu uma orientação introdutória sobre como lidar com esses materiais. As aulas são ministradas por Givaldo Batista, restaurador e conservador em documentação gráfica do Laborarte. Durante o treinamento, o grupo aprendeu conceitos teóricos e práticos das técnicas de higienização e acondicionamento de documentos.
“O intuito é dar uma introdução nas áreas de conservação e restauração, já que eles vão ficar responsáveis pela higienização dos bens culturais da Fundação. Na parte de documentação gráfica, eles receberam uma introdução de conservação, que se subdivide em várias etapas, como desinfestação, laminação, como proceder para reencadernar um livro, entre outros”, explicou o restaurador.
A laminação, uma das técnicas apresentadas, tem o objetivo de dar uma nova resistência ao documento impresso, reforçando o suporte desse documento. Iraí Suzana foi uma das participantes do treinamento. “É a primeira vez que estou tendo contato com o material, com tudo. Para mim é tudo novo, mas estou gostando bastante”, afirmou. A profissional vai atuar no Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra).
Já Sandro Santos tem mais familiaridade com o conteúdo apresentado. Ele vai atuar no Laborarte, mas já teve experiência com acervos: desde a área educativa em museus ao contato com exposições de arte. “Eu fiz um curso na área de conservação aqui no Laborarte com a professora Cláudia Nunes, que veio do Rio de Janeiro. Foi esse curso que abriu as portas para eu estar aqui”, contou. O treinamento teve início na última quarta-feira (1º) e vai até esta sexta-feira (3).