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Gestão de projetos, recursos e pessoas nos museus é tema de seminário na Fundaj
O fazer museu e a gestão de recursos, pessoas e projetos foram alguns dos temas debatidos nesta quinta-feira (19), no seminário "Gestão Museal: desafios contemporâneos". A atividade integrou a programação da 20ª Semana Nacional dos Museus, que vai até o próximo domingo (22), e teve como mote o papel social dos museus na difusão da nossa história e preservação do nosso patrimônio e memória.
Promovido pela Gerência de Territorialidade e Equipamentos Culturais (GTEC), através do Núcleo de Museus e pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), o evento contou com participantes de cinco instituições pernambucanas: Espaço Ciência, Oficina Brennand, Paço do Frevo, Museu da Abolição e Memorial do Papangu.
A atividade, que aconteceu um dia depois do Dia Internacional dos Museus, foi uma oportunidade de apresentar as experiências de cada instituição, desde o trabalho técnico ao administrativo e político. Os palestrantes debateram o gerenciamento de cada espaço, suas formas de captação, participações em editais e parcerias.
"Como dar visibilidade a todo o acervo que temos aqui?". Esse foi um dos questionamentos levantados por Antônio Carlos Pavão, do Espaço Ciência. Em sua apresentação, ele falou sobre o equipamento cultural como um lugar interativo e a importância de ver o visitante como contribuinte para a sua história. "Nosso objetivo é estimular. Nós queremos formar críticos, pessoas que devem construir os seus conhecimentos em ciências e tecnologia. O Espaço Ciência é um espaço de conversação, onde queremos formar cientistas, mas também cidadãos", ressaltou.
Luciana Felix contou sua experiência no Paço do Frevo, onde o modelo de gestão é híbrida. Ela celebrou o sucesso de visitas no equipamento e citou alguns projetos que tem trabalhado com a equipe, como um trabalho de formação na área do empreendedorismo cultural.
Já na Oficina Brennand, Ingrid Melo explicou que um dos desafios colocados pela própria equipe é o de ter mais mulheres na liderança. No Museu da Abolição, que está fechado e em obras, a gestão é dividida em duas áreas: administrativa e técnica. A representante da instituição, Mirella Leite, ressaltou a dificuldade de gestão com uma equipe reduzida e falou sobre a função da gestão cultural. "Essa foi uma oportunidade muito boa para pensar porque às vezes ficamos no piloto automático", explicou. Ela ainda falou sobre um dos planejamentos do ano para construção de uma incubadora de projetos culturais.
O diretor de cultura do município de Bezerros, Marlon Meirelles, também falou sobre os desafios encontrados nos equipamentos culturais da cidade dos papangus e elencou alguns dos projetos e espaços museais da cidade, como a Estação Cultural de Bezerros, o Museu Maria Dulce Gomes, o Memorial Papangu e o Papan-Música.
Mediando a mesa, o coordenador de museologia do Museu do Homem do Nordeste, Albino Oliveira, destacou a necessidade de conhecer a experiência de cada espaço, com diferentes modelos de gestão. Ao longo do debate, os representantes das instituições ressaltaram seus desafios para desenvolver projetos nos museus e expectativas para difundir a cultura, história e identidade do estado de Pernambuco. O público interagiu com perguntas e provocações no fim das apresentações.