Notícias
Gê Viana realiza circuito de visitas aos equipamentos culturais da Fundaj
Por meio do olhar sobre os corpos marginalizados e invisíveis à sociedade, as obras de Gê Viana dialogam com os resquícios de uma violência colonial perpetuada até o momento presente no Brasil. Integrando, simultaneamente, duas exposições da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), a artista plástica maranhense realiza nesta semana um circuito de visitações aos aparelhos culturais da Instituição.
Iniciando a agenda pelo Recife na quarta-feira, Gê Viana segue pela manhã para a Galeria Vicente do Rêgo Monteiro, no campus Derby da Fundaj, para acompanhar instalações e ensaio da performance que apresentará na abertura da mostra “Necrobrasiliana”. A exposição, que aborda releituras possíveis da memória colonial do país e reinvenção do acervo documental brasiliana, tem sua estreia nesta quinta-feira (15), às 18h, e contará com a presença da artista plástica. Além de expor a série Atualizações traumáticas de Debret, na qual revisita produções visuais do artista francês durante sua estada no Brasil e subverte os modos como corpos negros são ali ilustrados, Gê Viana realizará, às 19h, uma performance para o evento.
Dando continuidade a programação de visitas, na sexta-feira (16) a artista maranhense irá realizar pela manhã uma visita técnica ao acervo do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) e à tarde na Coordenação-Geral de Estudos da História Brasileira (Cehibra). Gê Viana finaliza seu circuito pelos equipamentos culturais da Fundaj com uma passagem pelo Engenho Massangana, onde ela integra a exposição vigente “Masanganu: memórias negras”. Promovendo um diálogo entre documentos históricos relacionados à vida dos escravizados da propriedade onde Nabuco cresceu e peças artísticas de criadores negros, a artista expõe no espaço obras com colagens e arquivos que subvertem a lógica colonial.