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Fundaj reforça identidade cultural e pertencimento com a oficina “Conheça a sua cidade: Recife e Olinda”
Uma aula de pertencimento e cidadania. Assim foi a oficina “Conheça sua cidade: Atrativos Históricos/Culturais de Recife e Olinda”, realizada nesta quinta-feira (15), pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), na Sala Calouste Gulbenkian, no campus Gilberto Freyre, em Casa Forte.
A atividade faz parte da parceria firmada entre a Fundaj e o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e tem o objetivo de despertar nos participantes um olhar de identidade cultural e preservação dos monumentos situados nas cidades irmãs, sobretudo, nesse momento comemorativo do Bicentenário da Independência do Brasil.
Recife e Olinda são parte importante da história pernambucana e brasileira e devem ter seu patrimônio salvaguardado para as gerações atuais e futuras, como explica a professora Andréa Berenguer, que ministrou a atividade.
“Trouxemos conhecimento sobre os monumentos da cidade. É um importante desafio trazer a cultura e a educação técnica juntas e buscamos abordar o patrimônio material e imaterial, fazendo com que eles tivessem esse sentimento de pertencimento, de cidadania e conseguissem fugir um pouco do lazer da geração atual, voltado apenas às redes sociais e shoppings. As cidades têm história e precisamos fazer com que os jovens pesquisem, visitem e informem aos próximos sobre esses espaços de referência”, comentou Andréa.
Mesmo com boa parte morando no Recife, o grupo de estudantes teve o primeiro contato com diversos equipamentos culturais da capital e suas histórias durante a oficina. Para isso, a coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf, da Fundaj, Nadja Tenório, realizou uma apresentação com dados da plataforma Pesquisa Escolar Online, da Fundaj, que oferece ao público um canal de informação voltado para temas da história, da cultura e da realidade social brasileira, especialmente para aqueles relacionados às Regiões Norte e Nordeste do Brasil.
A ferramenta está disponível no endereço eletrônico pesquisaescolar.fundaj.gov.br e estimula a pesquisa no espaço virtual, além de disponibilizar atividades pedagógicas voltadas para alunos e professores do Ensino Fundamental e Médio, oferecendo opções de jogos, brincadeiras e outras atividades, agregando ludicidade e criatividade aos temas abordados.
“Hoje, com a internet, as pessoas vão menos à biblioteca, mesmo sendo um espaço tão importante. Então, a ferramenta Pesquisa Escolar divulga o acervo da Fundaj e leva conhecimento a estudantes e professores. Uma plataforma interessante, muito acessada, que mostra a história de patrimônios, ruas, mercados, igrejas, pontes, coisas que passam despercebidas pelas pessoas. Por isso, trouxemos à oficina a nossa cultura, nossa história, que precisa ser vista, preservada e acessível às pessoas”, destacou Nadja.
A oficina “Conheça sua cidade: Recife e Olinda” ainda contou com uma degustação do tradicional Bolo de Rolo, Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco, que teve sua história contada na atividade, e foi encerrada com uma visita ao Museu do Homem do Nordeste (Muhne), onde os estudantes ficaram encantados com a força e beleza do acervo exposto.
“Como estudo Geografia, queria conhecer mais sobre o patrimônio histórico, também não conhecia o Museu do Homem do Nordeste e foi uma oportunidade que gostei bastante. Foi uma experiência nova, desejo que outros alunos tenham essa oportunidade de conhecê-lo. Sei que algumas pessoas não têm oportunidade, mas outras não possuem interesse em equipamentos culturais. É preciso sair da zona de conforto, dessa bolha, e ir conhecer novos ares”, destacou Nathalia Vitória Amancio Barbosa, de 21 anos, estudante de Licenciatura em Geografia no IFPE campus Recife e moradora de Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.
O professor Dimas Brasileiro, do IFPE acompanhou toda a atividade. “A gente está grato pela oportunidade, estamos com alunos do ensino médio integrado ao técnico de vários cursos e estudantes de nível superior de Geografia e Turismo. A oficina foi importante, traz a perspectiva da educação cultural pautada na nossa realidade recifense, pernambucana, nordestina, brasileira. Os estudantes puderam perceber a cultura e história presentes em elementos cotidianos da nossa vida, do dia a dia, que estão nas ruas, nos bairros, nas praças, na alimentação. Ou seja, a ideia de patrimônio fica muito concreta para eles, que conseguem se perceber, também, como produtores de cultura e história”, afirmou o educador.