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Fundaj recebe último Clube Leia Mulheres Recife de 2023
Acessar e acolher significados por meio das palavras é uma das formas de se conectar com o mundo. Quanto mais plural e diversa é a literatura, mais universos é possível conhecer. Pensando na importância de ouvir mais vozes literárias, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) recebeu, nesta quarta-feira (20), o último encontro do Clube Leia Mulheres Recife de 2023. A reunião dos amantes da leitura aconteceu na Sala de Leitura Nilo Pereira, localizada no campus Ulysses Pernambucano da instituição, no Derby.
Desde o mês de março, o Clube tem promovido os encontros mensais em parceria com a Fundaj, por meio da Biblioteca Blanche Knopf. Ao longo do ano, os participantes mergulharam em dez obras que estimularam a reflexão e fortaleceram o hábito da leitura, como “Os Trabalhos e As Noites”, de Alejandra Pizarnik, “A Visão das Plantas”, de Djaimilia Pereira de Almeida, “Véspera”, de Carla Madeira, e “O Som do Rugido da Onça”, de Micheliny Verunschk.
“Foi uma parceria muito importante e frutífera. Vamos tentar envolver mais pessoas com essa leitura, é importante para nós como Fundação Joaquim Nabuco e Biblioteca Blanche Knopf, pois quanto mais um livro for lido, melhores resultados teremos”, celebrou a coordenadora-geral do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), Nadja Tenório.
Para se despedir de 2023, o livro escolhido foi “Jóquei”, da escritora portuguesa Matilde Campilho. No título, Campilho coloca em prosa conversas por telefone, cartas para crianças e explosões de ternura que a fazem dar saltos na vida. A autora é a prova de que o olhar para o ordinário também pode ser transformado em poesia. Além do debate acerca dos significados e lirismo em torno da obra, o último Clube Leia Mulheres Recife do ano refletiu sobre como entender um poema partindo de questionamentos como quem fala, circunstâncias que deram origem ao texto, para quem o poeta escreveu, entre outros.
“Como foi o primeiro ano de retorno dos encontros presenciais depois da pandemia, entendemos que foi difícil retomar o ritmo dos encontros antes de 2020. No entanto, o amor pela literatura, especialmente pela literatura de mulheres, nos moveu mês a mês. O espaço que a Fundaj nos disponibilizou é incrível e com certeza foi determinante para o sucesso dos encontros. Terminamos o ano felizes com a agenda cumprida e muitas autoras lidas, discutidas, divulgadas”, comentou a mediadora do bate-papo, Gorette Silva.
A presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, ressalta a relevância da parceria e que em 2024 deverá contemplar mais coletivos.