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Fundaj recebe comissão do Senado que planeja as comemorações dos 200 anos da Confederação do Equador
A presidenta da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), a professora doutora Márcia Angela Aguiar, recebeu nesta quinta-feira (23) a visita da Comissão do Senado Federal que organiza a comemoração dos 200 anos da Confederação do Equador. Participaram da reunião, a diretora de Planejamento e Administração (Diplad), Aida Monteiro, a coordenadora do Centro de Documentação e Pesquisa (Cdoc) da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Sylvia Costa Couceiro, o assessor da presidenta da Comissão, senadora Teresa Leitão, Walisson Araújo, o servidor do Senado e secretário adjunto da comissão, Breno Andrade, o consultor legislativo José Dantas Filho, o assessor parlamentar Horácio Reis, e Diana Rocha Svintiskas.
O grupo deu início a uma série de diligências especiais nos estados do Nordeste historicamente ligados ao movimento. O objetivo, de acordo com a comissão, é planejar e coordenar as atividades comemorativas do bicentenário da confederação, revolta iniciada em 1824 em Pernambuco contra a monarquia de Dom Pedro I e em defesa da implantação de um regime republicano.
“Essa comissão é presidida pela senadora Teresa Leitão e ela aprovou um plano de trabalho com ações que incluem, por exemplo, a criação de um produto audiovisual, um documentário sobre esse evento histórico, publicação ou republicação de obras de relevo nessa área e exposição iconográfica, entre outras ações. Então, nessa primeira visita de diligência, servidores do Senado e do gabinete da senadora estão fazendo um reconhecimento das instituições que podem ser parceiras para consecução desses produtos. Aqui na Fundação Joaquim Nabuco, que é uma das instituições visitadas, surgiu a ideia de firmarmos um termo de cooperação técnica, levando em consideração o rico acervo que a Fundação tem em material iconográfico. Descobrimos até uma película restaurada que foi feita no centenário da Confederação”, afirmou o secretário Breno Andrade.
A comissão foi estabelecida a partir de requerimento apresentado pela senadora Teresa Leitão, que destacou o papel vital do movimento, especialmente em Pernambuco, na construção da identidade nordestina "inspirando os brasileiros a lutar por um país onde todas as vozes sejam ouvidas, as liberdades individuais respeitadas e a justiça prevaleça indistintamente". O colegiado é presidido pela senadora Teresa e composto pelos senadores Humberto Costa (PE), Fernando Dueire (PE), Jussara Lima (PI) e Efraim Filho (PB).
A expectativa nesse momento em particular é a gente firmar uma parceria com a Fundação em torno dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos pela comissão. Sabemos da capacidade institucional da Fundação Joaquim Nabuco em relação à memória, ao acervo histórico, à capacidade de pesquisa e a comissão tem se debruçado na relação com várias instituições em Pernambuco e na região do Nordeste que possam ter acervo para que a gente possa dar andamento aos trabalhos em termos de possíveis publicações”, concluiu o assessor Walisson Araújo.
A presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, ressalta a relevância desta e de outras parcerias com o Senado destacando a riqueza dos acervos históricos da Fundação Joaquim Nabuco.
História
A Confederação do Equador eclodiu em julho de 1824 Pernambuco e se espalhou para as províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A revolta foi reprimida pelas tropas imperiais, resultando na execução de 31 pessoas, entre 1824 e 1825. Entre os condenados, estava Frei Joaquim do Amor Divino, conhecido como Frei Caneca, que se tornou um ícone revolucionário.
Em seu requerimento de criação da comissão, Teresa Leitão sustenta que a revolução da Confederação do Equador foi um marco na história das lutas democráticas no Brasil. "Na esteira das transformações inspiradas pela independência, muitos brasileiros ansiavam por um governo mais representativo e participativo. A confederação simbolizou essa aspiração ao buscar a criação de uma república federativa na região Nordeste, na qual diferentes estados pudessem colaborar em um sistema de poder descentralizado", disse a senadora.
Com informações da Agência Senado