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Fundaj realiza seminário em homenagem a Antonio Montenegro com mudança no nome do Laborarte
Artista plástico, arquiteto, urbanista, ilustrador, pesquisador. Foram muitas as atividades exercidas por Antonio Carlos Duarte Montenegro, ex-diretor do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) que faleceu em julho passado, aos 66 anos. Em celebração a tudo o que ele produziu ao longo da vida, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) prepara uma programação especial dedicada ao servidor. O seminário “Memória e Patrimônio - em torno de Antonio Montenegro” reunirá amigos, familiares, colegas e o público em geral no dia 19 de outubro, data em que o nome do servidor será incorporado ao do Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte (Laborarte), do qual foi coordenador entre 2003 e 2012.
A cerimônia de renomeação ocorrerá no Campus Gilberto Freyre, em Casa Forte, às 10h, com a instalação da nova placa, intitulada “Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte Antonio Montenegro”. “Era o lugar onde ele mais gostava de estar, apesar de ter iniciado sua vida na Fundaj no Museu, que também amava profundamente. Essa homenagem é de uma felicidade enorme”, conta a coordenadora-geral do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), Betty Lacerda, que era companheira dele.
Exposição de painéis
O seminário seguirá ao longo da tarde aberto ao público, a partir das 14h30, na Sala Calouste Gulbenkian, no Edifício Paulo Guerra, também em Casa Forte. Na área externa do espaço, o público poderá apreciar uma pequena mostra com parte da obra produzida por Antonio Montenegro, exibida em painéis divididos pelos seguintes temas: “Carnaval”, “Fundaj” e “Livros, Catálogos e Exposições”.
Entre os trabalhos que serão expostos, estão ilustrações para livros, como a edição de “Casa-Grande e Senzala", lançada pela Editora Record em 1996, e algumas das produções para os livros do amigo e escritor Paulo Gustavo Oliveira, ex-servidor da Fundaj e especialista na obra de Marcel Proust. Também há desenhos feitos para estampar camisas de blocos e troças carnavalescas, como Os Barba e Pisando na Jaca, e outros que retratam espaços pertencentes à Fundação, como o prédio da Villa Digital, em Apipucos, e a Sala de Leitura Nilo Pereira, no Derby.
“Nós vamos unir os depoimentos pessoais dos amigos com falas mais densas no sentido das contribuições dele como arquiteto e gestor do patrimônio. É por isso que chamamos o seminário ‘Memória e Patrimônio’. Não seria tão rico e interessante se só fizéssemos um momento de saudade. Nós podemos fazer, e isso é importante também, mas devemos falar da contribuição para essa preservação da memória arquitetônica da cidade e dos acervos da Fundação Joaquim Nabuco e justificar por que o Laborarte vai levar o nome dele”, detalha Betty Lacerda.
Rodas de conversa
Na mesa de abertura, realizada na Sala Calouste Gulbenkian, em Casa Forte, o presidente da Fundaj, Antônio Campos; o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte, Mario Helio; e a coordenadora-geral do Muhne, Fernanda Guimarães, realizam a abertura institucional para dar início às homenagens.
Logo em seguida, Betty Lacerda fará uma breve fala sobre a relação entre Antonio e o Laborarte. Às 15h, o arquiteto e urbanista Luiz Amorim, que atua como professor titular da Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ministra a palestra “Memória e Patrimônio”, em que compartilhará as visões e ideias que discutiu com Antonio sobre a urbanização e o patrimônio histórico-cultural do Recife.
Às 15h30, a conversa se volta para a trajetória do homenageado no museu ao qual dedicou anos de sua vida, com a palestra “Antonio Montenegro e o Museu do Homem do Nordeste - experiências e contribuições”, que será conduzida pelo museólogo da instituição e mestre em Museologia e Patrimônio pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Henrique de Vasconcelos Cruz.
Em seguida, às 16h, será exibido o vídeo “E aí? Tudo pronto?”. A filmagem, que faz referência a uma das frases marcantes da personalidade de Antonio, usada para introduzir uma conversa - e “temida” por colegas e colaboradores nos dias de estreia de alguma montagem -, traz depoimentos de amigos e colegas de profissão sobre a convivência com ele e o que seu trabalho e talento representaram.
Por fim, a partir das 16h30, há a mesa “Em torno de Antonio Montenegro”. O consultor de empresas e ex-colega de turma de Antonio na Faculdade de Arquitetura, Francisco Cunha, se junta com o arquiteto Romero Pereira, que foi sócio dele durante 30 anos, e o escritor Paulo Gustavo Oliveira para recordar os momentos vividos com o urbanista e artista plástico e celebrar o seu legado de amor às artes e às cidades do Nordeste.
Programação:
10h - Cerimônia de renomeação do Laborarte - Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte Antonio Montenegro
14h30 - Mesa de Abertura - Sala Calouste Gulbenkian
Antônio Campos - presidente da Fundação Joaquim Nabuco
Mario Helio Gomes de Lima - diretor da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte
Fernanda Guimarães - Coordenadora-geral do Museu do Homem do Nordeste
14h50 - Antonio Montenegro e o Laborarte
Betty Lacerda - Coordenadora-geral do Cehibra
15h - Palestra: Memória e Patrimônio
Luiz Amorim - arquiteto e urbanista, professor titular do Curso de Arquitetura e Urbanismo e da Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da UFPE
15h30 - Palestra: Antonio Montenegro e o Museu do Homem do Nordeste - experiências e contribuições
Henrique de Vasconcelos Cruz - museólogo do Museu do Homem do Nordeste, mestre em Museologia e Patrimônio pela UFRJ
16h - Vídeo: E aí tudo pronto?
Depoimentos de colegas e amigos sobre Antonio Montenegro
Produção, direção e edição: equipe Cehibra
16h30 - Mesa redonda: Em torno de Antonio Montenegro
Francisco Cunha - consultor de empresas e colega de turma de Antonio Montenegro na Faculdade de Arquitetura
Romero Pereira - arquiteto, sócio de Antonio Montenegro durante 30 anos
Paulo Gustavo - escritor, especialista em Marcel Proust, sócio-fundador da Consultexto e ex-servidor da Fundaj