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Fundaj realiza debates e oficinas de vigilância do óbito infantil e fetal, no Derby
Nesta quarta-feira (6), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da sua Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), realizou oficinas de vigilância do óbito infantil e fetal, no campus Ulysses Pernambucano, no bairro do Derby. As atividades, que antecedem o Seminário Mortalidade Materna, Fetal e Infantil e Atuação da Vigilância do Óbito no Contexto da Pandemia pela Covid-19 previsto para esta quinta-feira (7), envolveram desde palestras até dinâmicas em grupos ao longo do dia.
Em um primeiro momento, durante a manhã, a Sala Aloísio Magalhães recebeu tanto a mesa de abertura quanto uma palestra com Aglaêr Alves da Nóbrega, do Ministério da Saúde. Com coordenação de Luciana Frutuoso, da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), a apresentação da sanitarista do ministério expôs dados sobre mortalidade materna, infantil e fetal e trouxe novas perspectivas para a vigilância de óbitos nessa população. A mesa foi composta por Cristine Bonfim, pesquisadora da Dipes, Sedivane Cavalcanti, da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, e Natália Barros, da Secretaria de Saúde do Recife.
No mesmo turno, os inscritos para as atividades pré-seminário se dividiram em turmas distintas. Participantes ligados ao município do Recife acompanharam, também na Sala Aloísio Magalhães, uma capacitação sobre o uso de ferramentas de acesso aos dados de natalidade, mortalidade e vigilância do óbito infantil e fetal, organizada pela Secretaria de Saúde do Recife (Sesau).
Os vinculados ao estado de Pernambuco, por sua vez, seguiram para as instalações da Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP), vinculada à Diretoria de Formação e Inovação (Difor/Fundaj), para dinâmicas em grupo. Mediadas por servidores da SES-PE, cada um dos três grupos formados participaram de oficinas de capacitação a partir de conceitos sobre epidemiologia focadas em vigilância de óbitos. Ao final, cada um dos grupos, que ocupou as Salas Professor Sebastião Vila-Nova, Teal e Professor Manoel Correia de Andrade, discutiu estudos de caso que foram apresentados durante a oficina.
Ainda separados por esfera de atuação — estadual ou municipal do Recife —, as atividades continuaram pela tarde. A turma vinculada à capital pernambucana seguiu com discussões sobre a implantação do software REDCap para vigilância do óbito infantil e fetal, coordenado pela Sesau. Ao mesmo tempo, a SES-PE deu sequência às atividades iniciadas pela manhã, capacitando trabalhadores e trabalhadoras da saúde quanto às etapas da vigilância do óbito.
Discussão e melhorias
Após a palestra e a capacitação, os grupos discutiram possibilidades de melhorias e os desafios no cenário atual da atenção básica, desde a capital do estado ao sertão.
Como produto das oficinas de vigilância do óbito, realizadas pela Secretaria de Saúde do Estado, os participantes buscaram alternativas do Grupo Técnico (GT) para atuar na redução do número de falhas e recomendações na rede, de modo a diminuir os óbitos. Dentre os problemas pontuados, estão a ausência de informações, as lacunas nos dados e a falta de recursos para referenciar gestantes em condições de alto risco.
“Foi um dia bastante produtivo de avaliação, preocupações, desafios e atividades, fazendo uma retrospectiva de 2024 e aprimorando para 2025”, celebrou a pesquisadora da Fundaj, Cristine Bonfim. Ela destaca que a iniciativa foi feita “com o sentido de fortalecer a vigilância e capacitar os profissionais em um treinamento de discussão da vigilância do óbito e da sua importância”.
Na quinta-feira (7), o Seminário Mortalidade Materna, Fetal e Infantil e Atuação da Vigilância do Óbito no Contexto da Pandemia pela Covid-19 vai fechar os debates sobre a temática na Fundaj. O evento também acontece no campus Ulysses Pernambucano, das 8h às 17h. Além de celebrar os 20 anos da Vigilância do Óbito Fetal e Infantil no Recife, o encontro vai discutir saúde pública e os impactos da pandemia na mortalidade materna, fetal e infantil em todo o mundo.