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Fundaj promove evento de conscientização sobre adoecimento mental e suicídio durante campanha do Setembro Amarelo
Prevenção e posvenção do suicídio foram temas da palestra que aconteceu nesta quinta-feira (29) na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) como parte da campanha de Setembro Amarelo da instituição, mês voltado para a campanha de prevenção ao suicídio em todo o mundo. O evento, promovido pela Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas/Recursos Humanos, teve como tema “A integração familiar na prevenção e posvenção do suicídio” e reuniu colaboradores de todos os setores da Fundaj.
Realizada no auditório do Cinema da Fundação/Museu, a palestra foi conduzida pela neuropsicóloga e psicóloga clínica Ana Katarina Saraiva e pela acupunturista e terapeuta integrativa Simone Lucena, buscando conscientizar e orientar os servidores, terceirizados e estagiários da Fundaj sobre a importância do cuidado com a saúde mental. O evento também foi aberto ao público em geral.
Ana Katarina Saraiva destacou a importância de se falar e debater sobre o adoecimento mental na sociedade e o suicídio, assuntos que ainda são tabus para muitas pessoas. A psicóloga citou o livro “O Sofrimento do Jovem Werther”, publicado no século XVIII pelo escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, como um dos motivos pelos quais se entende que não deve se falar sobre o suicídio para não estimular o ato. Porém, ela ressalta, esse entendimento é ultrapassado.
“Ao contrário, é necessário sempre se falar sobre o suicídio sim. Em 2017, a Organização Mundial de Saúde criou o Setembro Amarelo, mas essa temática só é falada na mídia em setembro. Mas, será que os suicídios só acontecem em setembro?”, questionou.
Trazendo dados da Organização Mundial de Saúde, a psicóloga relembrou que a cada 45 segundos, em média, uma pessoa no mundo se suicida. No Brasil, a cada 40 minutos uma pessoa tira a própria vida. Saraiva relembrou a todos que além da pessoa que tenta suicídio, é preciso também pensar nos sobreviventes, como familiares e amigos que perderam seus entes queridos.
“O período de posvenção é onde a gente trabalha os enlutados para primeiro aprender a sobreviver e depois a viver. É uma temática que também deve ser falada e cuidada por profissionais especializados porque essa dor nunca vai parar, mas se aprender a conviver com ela”, explicou.
Antes de encerrar o evento, a acupunturista Simone Lucena trouxe dinâmicas da medicina oriental para falar sobre ouvir o próprio corpo no processo de entendimento das doenças.
Durante a palestra, funcionários da Fundaj ainda compartilharam relatos sobre a vivência e desafios com a saúde mental, recebendo acolhimento dos colegas e das profissionais que conduziam o evento.