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Fundaj promove circuito integrativo acessível no campus Casa Forte
Nesta quinta-feira (11), cerca de 150 pessoas, com e sem deficiência, participaram do circuito integrativo promovido pela Fundação Joaquim Nabuco pelo campus Gilberto Freyre, em Casa Forte. Para muitos, foi a primeira visita a equipamentos culturais com a acessibilidade necessária para uma experiência completa, educativa e verdadeiramente formadora.
A atividade teve início no Museu do Homem do Nordeste (Muhne), onde foi possível a exploração tátil de obras do acervo e do jardim, por meio de audiodescrição. No começo da caminhada, eles puderam conhecer, através do toque, os meios de transporte expostos na área externa do Muhne. Depois, acessaram o espaço interno do museu, onde algumas peças em exposição podem ser tocadas. “Fizemos uma rota só em direção a essas peças. Eles puderam tocar nas luminárias, na Sala das Influências, no cesto, na Sala de Povos Indígenas e tocaram no tacho, na parte da senzala. Tudo isso sendo acompanhados por audiodescrição simultânea”, afirmou o chefe da Divisão de Acessibilidade do Cinema da Fundaj, Túlio Rodrigues.
Simultaneamente, a Cinemateca Pernambucana recebeu pessoas com deficiência auditiva assistidas pelo Centro de Atendimento à Pessoa com Deficiência Visual (CAP) e do Centro de Atendimento à Pessoa Surda (CAS) para uma mediação em Libras. O encerramento ficou por conta da exibição do longa nacional Colegas, apresentado com recursos de Audiodescrição, Libras e Legendas para surdos e ensurdecidos (LSE), na sala Museu do Cinema da Fundação.
"Assistir a um filme com audiodescrição possibilita que a pessoa com deficiência visual tenha acesso ao conteúdo imagético da obra. Se o filme não tivesse audiodescrição, a gente não saberia o que estava aparecendo, como são as pessoas, o cenário; isso é muito importante. E a gente também vem trazendo as pessoas que frequentam o CAP e o CAEER porque o filme conta com os três recursos de acessibilidade: audiodescrição, libras e legenda", afirmou a coordenadora do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP-PE), Michelle Alheiros.
Participaram da visita grupos do Centro de Atendimento à Pessoa com Deficiência Visual (CAP), do Centro de Atendimento à Pessoa Surda (CAS), da Escola Municipal Jardim Mauriceia e do Centro de Atendimento Educacional Especializado do Recife (CAEER), além do público externo.
Pela primeira vez no cinema, o estudante Miguel, de 9 anos, possui baixa visão e adorou a experiência. “O que eu mais amei no filme é que mostra pessoas com síndrome de Down buscando serem independentes e mostrando que não importa sua cor, se tem ou não deficiência, todos somos iguais e temos os mesmos direitos”, afirmou.