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Fundaj presente em palestra sobre desertificação em Pernambuco na Assembleia Legislativa do Estado
No Dia Mundial do Meio Ambiente 2024, a coordenadora-geral do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist), da Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Edneida Cavalcanti, participou na manhã desta quarta-feira (5), da celebração realizada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A pesquisadora ministrou palestra que abordou o tema "Desertificação em Pernambuco: Desafios e Enfrentamentos", no Auditório Sérgio Guerra, para um público formado por estudantes do Ginásio Pernambucano e da Escola de Aplicação da Faculdade de Escada (Faesc), além de parlamentares, servidores da casa e também do Ibama e ICMBio.
O encontro, promovido pela Comissão de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal da Alepe, contou ainda com as participações dos palestrantes Daniel Lira, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Ana Wortman, da ONG Recicla Pet; e Mariana Momesso, do Ibama. A presidência da palestra ficou a cargo do deputado Diogo Moraes.
Na ocasião, Edneida falou do processo de degradação das terras áridas, semiáridas e subúmidas secas. "Essas regiões estão sendo utilizadas acima da capacidade de resiliência dos sistemas ecológicos e sociais e, por isso, estão sendo degradadas e desertificadas", afirmou. Complementou dizendo que, baseado no índice de aridez, 136 dos 185 municípios de Pernambuco estão caracterizados como "Áreas Suscetíveis à Desertificação", e aproximadamente 40% do estado se encontra, de acordo com O Observatório da Caatinga e Desertificação, com nível de degradação entre moderado e crítico.
Segundo ela, Pernambuco é o terceiro estado do Nordeste em desmatamento no Bioma Caatinga, considerando o acumulado nas últimas três décadas. "A retirada da floresta expõe a terra, diminui captura de CO2, libera carbono orgânico do solo, impacta negativamente na biodiversidade e nas atividades produtivas. Está tudo interligado e é preciso um esforço maior do Poder Público, do meio acadêmico e de toda a sociedade para buscar alternativas baseadas em tecnologias sociais e pautadas na convivência com a semiaridez."
Exposição
Antes do início da palestra, foi aberta na Alepe a exposição "Galeria Reciclada: sustentabilidade e arte", mostra que faz parte do projeto institucional criado por Júlio Gonçalves, 84 anos, funcionário mais antigo da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), com 49 anos de empresa. As peças foram todas produzidas com material reciclado da editora.