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Fundaj participa do Festival Internacional de Documentário de Melgaço (MDCO)
Coordenador do Cinema da Fundação, Luiz Joaquim representou a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em conferência no Festival Internacional de Documentário de Melgaço (MDCO). O curador do equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj orientou virtualmente um dos módulos do curso de verão “Fora de Campo”, dando a palestra "Brasil - Cinema e Revolução. Da resistência à Fadiga da Democracia!", na última terça-feira (30), das 10h30 às 13h.
O convite à participação do coordenador do Cinema da Fundação, feito por um dos coordenadores gerais do curso, o professor José da Silva Ribeiro, diretamente à presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, reforça a autoridade da Instituição no debate voltado à temática geral do Festival – “Identidade, Memória e Fronteira”. Ao abordar o tema “Cinema e Revolução”, a palestra foi integrada nas comemorações do cinquentenário da Revolução dos Cravos, dando particular importância às cinematografias que abordavam o tema.
Selecionado para dar início ao debate, o curta-metragem documental “Aruanda” (1960), dirigido por Linduarte Noronha, misturou elementos de ficção nesta obra-prima considerada um dos precursores do movimento Cinema Novo. “A produção, inclusive, teve o apoio do Instituto de Pesquisa Sociais Joaquim Nabuco à época da sua produção”, reforça Luiz Joaquim. O último filme comentado foi “Partido” de César Charlone, lançado por streaming em julho de 2024, sobre a campanha de Fernando Haddad para presidente em 2018.
Para o encontro, o coordenador propôs reflexões aos espectadores sobre quais limitações sofreram, quais estratégias assumiram e quais resultados tais documentários alcançaram, ou deixaram de alcançar. Luiz Joaquim reforçou ainda que a palestra apresentou ao público uma historiografia do documentário brasileiro, a partir da década de 1960 até os dias de hoje. “O recorte temporal é interessado em promover questionamentos no que se refere ao status quo estabelecido por governos ditatoriais e inclinações fascistas no Brasil ao longo das últimas seis décadas, assim como os aspectos estéticos e temáticos presentes nas obras, com o intuito de fazer espectadores atentarem para a fragilidade da democracia”, conclui o coordenador do Cinema da Fundação.