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Fundaj participa de evento e assina documento em apoio às comunidades tradicionais
Mais do que um debate entre especialistas, a pesquisa acadêmica é uma aliada na preparação de medidas que tenham impacto na sociedade. É isso que foi visto durante o Encontro dos Povos das Águas, Florestas e Campos de Alagoas, que divulgou, nesta semana, a Carta de Maragogi, documento que pede a adoção de políticas públicas para as comunidades tradicionais. A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) foi um dos parceiros do evento.
A Carta é resultado das discussões realizadas no Encontro promovido no último dia 3 de junho como atividade final do 11º Simpósio Nordestino de Etnobiologia e Etnoecologia (XI SNEE), organizado pelo Laboratório de Ecologia, Conservação e Evolução Biocultural (Leceb) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O texto é assinado por dezenas de instituições. Entre elas, a Fundaj, representada na programação pelos pesquisadores Beatriz Mesquita, Solange Coutinho e Tarcísio Quinamo.
Além dos estudiosos na área, o evento contou com a participação de lideranças e moradores dessas comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas, pescadores, camponeses e extrativistas. “A reunião entre esses povos, cuja interação com o meio ambiente é objeto de estudo da etnobiologia e da etnoecologia, foi importante não só para dar informações para fins de pesquisa mas, principalmente, para a discussão com os governos visando à construção de políticas públicas para si mesmas”, ressalta a pesquisadora Beatriz Mesquita.
Entre os pontos defendidos pelo documento, estão o apoio do poder público às comunidades tradicionais, articulação maior dos movimentos sociais com as redes e as instituições formais de educação, políticas para o bem viver e reconhecimento à organização das juventudes camponesas.
A versão final da Carta de Maragogi, aprovada em plenária do Coletivo de Organização do Encontro dos Povos das Águas, Florestas e Campos de Alagoas, pode ser lida no site da Ufal (https://bit.ly/3CfCzN5).