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Fundaj fará parte das atividades de celebração dos 200 anos da Confederação do Equador
Após passarem pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e por instituições públicas e privadas de Pernambuco e do Ceará, membros da Comissão Temporária do Senado Federal em Comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador se reuniram, no dia 18 de junho, para a apresentação do relatório da primeira diligência da comissão. Também foram votados e aprovados requerimentos para dar continuidade às atividades do colegiado nos próximos meses. O grupo foi criado em dezembro do ano passado e deve funcionar até março de 2025.
O objetivo da comissão é planejar e coordenar as atividades de comemoração do bicentenário da confederação, revolta iniciada em 1824, no Nordeste, contra a monarquia de dom Pedro I e em defesa da implantação de um regime republicano. A presidenta da comissão, senadora Teresa Leitão (PT-PE), destacou que, durante cinco dias, uma equipe de servidores do Senado Federal visitou 11 instituições no Recife e em Fortaleza, todas elas com algum grau de envolvimento com a temática da Confederação do Equador.
Na capital pernambucana, os membros da comissão foram recebidos em 23 de maio pela presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar. "É bastante relevante esta parceria com o Senado, pois mostra a riqueza dos acervos históricos da Fundação Joaquim Nabuco", destaca. Participaram ainda do encontro a diretora de Planejamento e Administração (Diplad), Aida Monteiro; a coordenadora do Centro de Documentação e Pesquisa (Cdoc) da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Sylvia Costa Couceiro; o assessor da senadora Teresa Leitão, Walisson Araújo; o servidor do Senado e secretário adjunto da comissão, Breno Andrade; o consultor legislativo José Dantas Filho; o assessor parlamentar Horácio Reis; e Diana Rocha Svintiskas.
Ainda na capital pernambucana, foram promovidas audiências com representantes das Universidades Federal, Estadual, Rural e Católica de Pernambuco; do Museu da Cidade do Recife; do Museu do Estado de Pernambuco; no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco; da Assembleia Legislativa do Estado; da Grande Loja Maçônica de Pernambuco; e da Vice-Governadoria do Estado.
Já em Fortaleza, os encontros ocorreram com representantes de instituições como da Secretaria de Cultura do Governo do Ceará, do Museu do Ceará, da Secretaria Especial do Governo do Ceará, Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) e pesquisadores da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Estadual do Ceará.
O relatório das atividades foi apresentado pelo consultor legislativo do Senado Federal José Dantas Filho, que fez parte da comitiva externa. Ele falou sobre as instituições visitadas, o contato com os pesquisadores que estudam a confederação e o material a que a comissão poderá ter acesso para elaborar os produtos previstos no plano de trabalho, como um documentário audiovisual (que será produzido pela TV Senado), uma exposição iconográfica, uma página dedicada ao tema e possíveis publicações de interesse histórico.
REQUERIMENTOS
Na segunda parte da reunião, os parlamentares aprovaram sete requerimentos. Um deles (REQ 6/2024), do senador Efraim Filho (União-PB), solicita autorização para diligência externa com representantes do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano para identificar a importância do estado da Paraíba no processo histórico da Confederação do Equador.
Enquanto isso, os requerimentos de 7 a 12, de autoria da presidente da comissão, senadora Teresa Leitão, solicitam a promoção de audiências públicas e seminários; autorização para celebração de acordos de cooperação e parcerias; contratação de profissionais especialistas para tarefas de curadoria, revisões e elaboração de documentos; formalização de intercâmbios e parcerias com instituições para a disponibilização de documentos, cartografias, imagens, gravuras e artes para a formação do acervo da comissão e, por fim, autorização para diligências e visitas técnicas.
HISTÓRIA
A Confederação do Equador eclodiu em julho de 1824 Pernambuco e se espalhou para as províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A revolta foi reprimida pelas tropas imperiais, resultando na execução de 31 pessoas, entre 1824 e 1825. Entre os condenados, estava Frei Joaquim do Amor Divino, conhecido como Frei Caneca, que se tornou um ícone revolucionário.
Com informações da Agência Senado