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Fundaj encerra participação na 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do IFPE com palestras e visitas ao seus equipamentos culturais
A participação da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) na 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), no campus Recife, foi encerrada, nesta quinta-feira (25). Foram dois dias em que os alunos do instituto tiveram oportunidade de participar de palestras e visitas ao Museu do Homem do Nordeste e Engenho Massangana.
A iniciativa é realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC) e tem por objetivo aproximar a produção institucional de conhecimento e seus produtos da população brasileira, por meio de eventos que congregam centenas de instituições que desenvolvem pesquisa e inovação no País.
No primeiro dia da programação, a visita aos equipamentos culturais da Fundaj foi iniciada pelo jardim do Muhne, que possui o sistema de audiodescrição para garantir a acessibilidade de seus visitantes. Em seguida, o grupo pôde conhecer melhor a cultura nordestina através do acervo em exposição permanente no Museu.
“O principal elemento desses processos, todos de ciência, tecnologia de informação e inovação, é não abrir mão dos processos de humanização. Nada vai substituir o olhar, a escuta respeitosa para gerar condições de que o outro se sinta acolhido”, afirmou Edna Silva, Coordenadora de Ações Educativas e de Ações Comunitárias do Museu do Homem do Nordeste.
Após os estudantes visitarem a Pinacoteca, que também está localizada no campus da Fundaj em Casa Forte, eles prestigiaram a palestra ministrada pelo diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mario Helio, realizada no Cinema da Fundação/Museu.
A 19ª edição do evento nacional tem por tema "Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil". Na palestra, Mario Helio falou sobre as revoluções regionais que também tiveram papel importante até a proclamação da Independência, no dia 7 de setembro.
“A Fundação está cumprindo seu papel institucional de reconhecer-se na prática como uma instituição que tem obrigações de aperfeiçoar a educação, com sua atuação na linha de pesquisa, cultura e a possibilidade de mostrar a população que ela pode apropriar-se desses espaços”, comentou o diretor sobre a participação da Fundaj na SNTC.
“Em semanas desse tipo, com temas conhecidos e não tão bem conhecidos como a própria história da independência, tentamos enfocar a partir da educação. Por ser um processo ainda incompleto dessa independência e abolição, penso que é um aprendizado para o público e um auto aprendizado para a fundação”, completou.
Para a estudante do curso de eletrotécnica da IFPE, Lorena Cabral, de 15 anos, é muito importante aprender sobre a história do país, principalmente fatos que nem sempre são transmitidos nas salas de aulas.
“Como o professor mesmo disse na palestra, foi um processo de independências atreladas em cada estado, e várias revoltas do povo em relação a um poder. Achei que a palestra foi fantástica pela forma como ele transmitiu essa história, de maneira rápida, prática e direta”, disse Lorena, que visitou o Muhne pela primeira vez.
“Quando abriram as vagas para fazer essa visita eu fiquei super feliz por ser um lugar que retrata tanto a história de Pernambuco, não só dos povos portugueses, mas dos povos indígenas, africanos, com suas religiões e culturas que são tão apagadas, e que às vezes não temos acesso”, afirmou a estudante.
A professora Erika Araújo, responsável pelo grupo, destacou que parcerias como a realizada entre o IFPE e a Fundaj é fundamental para integrar os saberes. “Esses momentos de sala de aula não convencionais são muito importantes por ter essa visão ampliada da educação”, disse.
A professora Andréa Berenguer também celebrou a participação na 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) para promover a aproximação dos públicos. “Por isso é sempre bom esse contato, porque a Fundação Joaquim Nabuco também faz ciência, cuida da cultura e das humanidades”, afirmou.
Visita ao Engenho
O segundo dia de programação da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), no campus Recife, prosseguiu com o seu roteiro de visitas aos aparelhos culturais da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Nesta quinta-feira (27), os estudantes do IF conheceram o Engenho Massangana, casa da infância do abolicionista Joaquim Nabuco, patrono da Fundaj.
Os alunos da instituição de ensino puderam visitar o espaço da Casa-Grande do engenho, assim como as exposições vigentes dentro da antiga morada de Nabuco. As mostras “Jeff Alan: pra deixar de ser “pra inglês ver” e "Masanganu: Memórias Negras" foram observadas pelos jovens alunos durante a visita escolar nesta manhã de quinta-feira, além da promoção de uma roda diálogo na área externa com os monitores do aparelho cultural sobre o espaço histórico.
Oficina “Conheça a sua cidade” e visita ao Museu do Homem do Nordeste
À tarde, a realização da Oficina “Conheça a sua cidade” e de uma visita ao Museu do Homem do Nordeste encerraram a participação da Fundaj no evento. Alunos de cursos como o de Química, Saneamento e Gestão Ambiental do IFPE participaram de uma programação especial no campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte.
Durante a Oficina, eles aprenderam que conhecer a cidade é necessário para haver ampliação de percepção, entendimento da história, sentimento de pertencimento, exercício da cidadania, respeito e valorização dos espaços. “O direito à cidade é um direito humano.
A cidade e a calçada são nossa casa. Devemos preservá-la”, afirmou a professora da Oficina, a turismóloga Andréa Berenguer.
Também foi apresentada a eles a plataforma Pesquisa Escolar da Fundaj, onde podem adquirir outros conhecimentos sobre o Recife. A coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf da Fundaj, Nadja Tenório, conduziu o momento. Ao final da programação, todos fizeram um passeio pelo Museu do Homem do Nordeste, tendo como mediador o educador Ângelo Araújo.