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Fundaj é retratada em telas por jovens artistas do grupo Giral
A Fundação Joaquim Nabuco foi pintada pelo olhar de crianças e adolescentes, que a retrataram em telas que farão parte de uma exposição. Na ação, promovida pelo Museu do Homem do Nordeste (Muhne), os jovens artistas integrantes do Projeto Paleta Coletiva, da organização da sociedade civil Giral Desenvolvimento Humano e Local, estiveram no Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte, para conhecer os espaços e colocar a inspiração nas telas. Os quadros criados pelos jovens artistas, que moram na Zona Rural de Glória do Goitá, na Mata Norte de Pernambuco, farão parte da exposição ‘Olhares rurais”. A mostra será aberta no dia 4 de setembro, na Galeria Waldemar Valente. O Muhne é vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj.
A vinda à Fundaj, que foi conduzida pela coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva, teve como objetivo a captação de imagens e interpretações para a realização de projetos artísticos. “Essa interação com as comunidades, da Região Metropolitana ou do interior do Estado, proporciona que cada vez mais a Fundaj e seus espaços culturais, como o Museu e as galerias, sejam ocupados democratizando o acesso à educação e à cultura, como é esperado de espaços públicos. E como vem sendo norteado pela gestão atual da Fundação”, observou Edna Silva.
Acompanhados de professores do Giral e de educadores do Muhne, as 13 crianças e adolescentes do Paleta Coletiva conheceram o trabalho realizado pela Fundação, bem como a importância do trabalho coletivo dos servidores e funcionários que fazem parte da instituição. Conheceram o Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, a Galeria Baobá, a parte externa do Edifício Paulo Guerra, a Galeria Waldemar Valente, o Museu do Homem do Nordeste e visitaram o primeiro andar do Muhne, onde está sendo finalizada a exposição Elas.
Coordenadora do Paleta Coletiva, Andrielle Cândida explica que os ganhos para os jovens artistas são muitos. “Estamos possibilitando que crianças interioranas, de escola pública e de zona rural, tenham acesso à arte e ao conhecimento”, observa. Para ela, essas atividades vão resultar em cidadãos ativos, políticos e com plena compreensão do mundo ao redor. “Quando temos essa experiência do conhecer, do se apropriar de saberes, a gente começa a transformar o espaço por onde passa”, destaca.
Para Wemison Araújo, um dos orientadores do projeto e professor de artes plásticas da Giral, a visita pode aumentar o sentimento de pertencimento enquanto indivíduos nordestinos, sendo representados em um espaço de cultura e educação como a Fundaj. “Essa vinda dos meninos do Paleta Coletivo ao Museu é uma oportunidade da gente ampliar nossos conhecimentos acerca do que é o Nordeste e também sobre esses ‘olhares rurais’”, disse.
Após a visitação, os artistas do Paleta Coletiva escolheram o tema e iniciaram suas pinturas na área externa do Museu. Gabrielle Matias, 14 anos, usou parte da fachada do Muhne como ponto de observação. Usando a paleta de cores da paisagem, transformou numa pintura. Ela vê a experiência de maneira positiva, destacando as histórias e memórias presentes no acervo do Muhne. “Para a gente é muito gratificante estar aqui. Acredito que a nossa pintura, que será exposta para o público no dia 4 de setembro, será um espetáculo. Espero que gostem!”, comentou. Sobre o Paleta Coletiva, Gabrielle disse que entrar no projeto foi importante, pois conseguiu se identificar não apenas como artista, mas como pessoa. “Como aluna, só tenho a agradecer ao Giral e a todo mundo que faz parte do projeto. Meu sonho está se tornando realidade.”