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Fundaj e Prefeitura do Recife debatem criação de espaço voltado à educação e cultura em Apipucos
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promoveu uma reunião, nesta quinta-feira (11), na Sala Gilberto Osório, Campus Anísio Teixeira, em Apipucos, para debater a possibilidade de parceria com a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) no projeto do Parque Capibaribe. A ideia apresentada pela presidenta da Fundação, a professora doutora, Márcia Angela Aguiar, é de incluir no projeto um ponto de visitação voltado à educação e cultura, disponibilizando à população uma área da própria Fundaj, localizada em Apipucos, Zona Norte do Recife.
Hoje, o Campus Anísio Teixeira situado na Rua Dois Irmãos, 77, dá acesso a uma bela área verde, às margens do Rio Capibaribe. Durante a reunião na Fundaj, os participantes do encontro visitaram a área e debateram possíveis propostas para darem maior visibilidade ao local. A presidenta da Fundaj ressalta que esta ainda é uma primeira reunião sobre o tema.
“O primeiro passo foi provocar esse debate, que contou com a Prefeitura do Recife e arquitetos e servidores que atuam nos campi de Apipucos e Casa Forte, pensando o que podemos planejar juntos para concretizar ações que unam educação e cultura com um olhar voltado à população vulnerável que não tem acesso a bens culturais que pertencem a todos. A ideia é fazer com que o espaço existente na Fundação seja apropriado com ações orientadas pelo social”, comentou. Após este primeiro momento, será realizado um cronograma de reuniões que permita a elaboração conjunta de um projeto, com ações imediatas, de médio e longo prazo.
Otimizar o uso dos espaços da Fundação é uma prioridade para a presidenta Márcia Angela. Desde que assumiu a presidência da Instituição Federal, ela visitou e debateu a função de cada uma das edificações que compõem a Fundaj. “Assim que tomamos posse, começamos a visitar os diversos campi da Fundaj e, ao chegarmos ao Campus de Apipucos, me chamou a atenção que há um espaço maravilhoso do ponto de vista histórico, do ponto de vista paisagístico. É importante dar visibilidade a esse espaço, principalmente a quem trafega pelo rio”, comentou a presidenta, acrescentando que esse espaço pode ser um píer ou alguma outra intervenção com expressões culturais de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil.
Representando a Prefeitura do Recife e o Projeto Parque Capibaribe estiveram presentes os arquitetos e urbanistas Roberto Lins e Noé Sérgio Rabelo do Rego Barros. “Fiquei feliz de ter sido convidado a participar dessa conversa, achei interessantíssima a proposta. Na ocasião, apresentamos as ideias gerais do Parque Capibaribe, sua estratégia de implantação, é um projeto de longo prazo e sabemos que na Fundação Joaquim Nabuco temos um parceiro. Esse tipo de estratégia para o futuro é uma forma de ativar essa área, um ponto de interesse do parque”, disse Roberto Lins.
O diretor da Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), Wilson Fusco, destacou a possibilidade de colocar a Fundação na trajetória do que se planeja em termos de navegabilidade para a cidade, no que diz respeito à área de Apipucos, onde fica o Campus Anísio Teixeira, que conta com edificações históricas. “Que possamos colaborar em termo de projeto, com profissionais aqui da área, que têm expertise nas áreas de engenharia e arquitetura. Temos historiadores que podem contribuir do ponto de vista de atenção à população, temos um núcleo de prédios e outros elementos históricos servindo como atrativo”, destacou o diretor.
Parque Capibaribe
O projeto Parque Capibaribe visa elevar a taxa de área verde pública para 20 m² por habitante em 2037, quando o Recife completa 500 anos. A área de intervenção envolve mais de um terço da área da cidade. Isso porque o projeto, de 30 km de extensão, não foi pensado de forma linear. Ele prevê ações num raio de 500 metros a partir de cada margem, o que resulta em uma área de influência de 7.250 hectares. Assim, o Parque Capibaribe abrange mais de 30 bairros, que vão gradualmente se transformar em bairros-parque.
O Parque Capibaribe teve início em 2013, sendo fruto de um convênio de cooperação técnica entre a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A ação visa a conectar as áreas urbanas, o Rio Capibaribe e as pessoas por meio de áreas públicas de lazer e de circulação, com ações como Jardim do Baobá, Praça Otávio de Freitas e Parque das Graças.