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Fundaj e Museu Paranaense abrem inscrições para concurso de textos sobre a Independência do Brasil e as realidades regionais
Como tudo o que acontece em um território de dimensões continentais, marcado por uma ampla diversidade sociocultural, a Independência do Brasil, que completa 200 anos no próximo dia 7 de setembro, foi um evento que envolveu as mais diversas regiões do país em formação. Do Rio de Janeiro a Bahia, passando por Pernambuco, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul, o processo que culminou na declaração da soberania brasileira e pôs fim em mais de três séculos de colonização portuguesa na América se deu de maneira pulverizada, com particularidades em cada lugar.
Para ampliar o debate sobre as contribuições regionais para a formação do país, dando voz às diferentes perspectivas sobre um fato histórico de inúmeras causas com reflexos que reverberam até hoje, a Fundação Joaquim Nabuco, em parceria com o Museu Paranaense (Mupa), abriu um edital de concurso para a produção de um dossiê dedicado ao Bicentenário da Independência. A publicação será composta por 15 textos inéditos sobre as relações entre os movimentos de 1822, com foco nos processos locais.
Como participar
Os interessados podem se inscrever a partir das 10h desta quinta-feira (1º), enviando o arquivo para o e-mail concurso.200anos@fundaj.gov.br. As inscrições seguem até as 18h do dia 16 de outubro, e só pode ser submetido um artigo por concorrente, sendo aceitas obras escritas por mais de um autor. O texto inscrito não pode ter sido publicado anteriormente em qualquer canal de veiculação impresso ou digital. Além disso, os autores devem ser brasileiros natos ou naturalizados ou estrangeiros residentes no Brasil com visto de permanência. O edital está disponível nos sites oficiais da Fundaj e do Mupa.
O resultado da seleção será divulgado no dia 31 de outubro e a publicação do dossiê está prevista para 2 de dezembro. “Durante a Independência, tivemos questões regionais muito particulares em locais como Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e outros. A proposta é ampliar a discussão sobre este evento que diz respeito a todo o país”, destaca o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mario Helio.
O historiador do Mupa, Felipe Vilas Bôas, ressalta o valor da parceria para o fortalecimento das instituições. “A iniciativa de publicar um compêndio crítico e atualizado com textos acerca da Independência do Brasil em suas mais diversas pluralidades de método, temporalidades, espaços e representações, extrapola o ato solene do Bicentenário. Atinge o interesse público de se divulgar produções intelectuais recentes sobre a temática e comunga com diversas iniciativas Brasil afora”, afirma.