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Fundaj e GRE - Recife Norte fazem formação continuada de professores
A Fundação Joaquim Nabuco, promoveu, na quinta-feira (6), uma programação com professores da rede pública de ensino da Gerência Regional de Educação (GRE) - Recife Norte, sobre didáticas que incentivem o vínculo entre arte e educação. A ação aconteceu com educadores das disciplinas de Língua Portuguesa e Arte, no Campus Ulysses Pernambucano, no Derby, por meio da Unidade de Artes Visuais (Coart), que é vinculada à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca).
A ação é parte do projeto Confluências, da Coart, que busca promover encontros que contribuam com a formação continuada de educadores das redes pública e privada de ensino acerca de didáticas que incentivem o vínculo entre arte e educação. Esta primeira atividade foi solicitada pelas professoras e representantes da Coordenação Geral de Desenvolvimento da Educação, da GRE- Norte, Rafaella de Melo e Virginia Marques, que apresentaram propostas de ações formativas em Artes.
O ponto de partida para a discussão e formação foi a exposição “Mutirão”, do projeto Política e Arte, que reúne mais de 200 itens de obras e artistas que fizeram parte do Movimento de Cultura Popular (MCP), ocorrido nos anos 1960, marcando os 60 anos da sua extinção, com o golpe militar de 1964. A visita foi mediada pelo educador Eduardo Castro. “A formação foi muito rica! A gente conseguiu captar e aprender mais sobre cultura e até conhecer o espaço. Foi ótimo! ", disse Simone Gomes, professora de Língua Portuguesa do EREM Oliveira Lima.
Na parte da tarde, os professores de Arte do Ensino Médio que participaram da formação continuada também conheceram a exposição "Mutirão". A visitação foi seguida de uma dinâmica de grupo organizada pelas educadoras de Artes Visuais Julia Moura e Niara Mackert sobre a arte de Abelardo da Hora e do Teatro do Oprimido. A dinâmica contribuiu para que cada um planejasse um projeto para ser trabalhado em sala de aula com os estudantes.
"Queremos sair daqui com alguma pretensão. Além disso, cada um deve incentivar a gestão da escola onde trabalha para que os alunos também tenham a oportunidade de conhecer a exposição e toda a estrutura disponível da Fundaj", afirma Rafaella Melo, professora formadora de Arte da GRE - Recife Norte.
Segundo ela, esta parceria com a Fundaj é importante porque, dentro do currículo de Arte, o professor trabalha a temática da arte e comunidade, fazendo assim uma contextualização com a questão histórica. "É provocar o professor para sair daqui com reflexões que serão exploradas em sala de aula. Tomara que essa parceria com a Fundaj se fortaleça cada vez mais", destacou. "O objetivo é focar nas habilidades do Currículo e perceber a mobilidade dos conteúdos de acordo com a formação de cada um", complementou a também professora formadora de Arte Virgínia Marques.
Cinemateca Pernambucana
A Cinemateca Pernambucana também foi apresentada aos professores pelas monitoras Ingrid Xavier e Vitória Victor, que falaram sobre o espaço como lugar dedicado à história e à divulgação do cinema de Pernambuco. A Cinemateca conta com mais de 400 títulos gratuitos disponibilizados em seu site. No espaço físico, que funciona no campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte, há uma sala de exibição, uma área de convivência, além de exposição com figurino, câmeras, cadeiras e roteiros de filmes, entre outros itens. "As pessoas conhecem a história do cinema de Pernambuco, as técnicas, os movimentos, assistem a filmes e conversam sobre ele", explicou Ingrid Xavier.
Agendamento
As formações educativas para professores do Projeto Confluências podem ser solicitadas/agendadas pelo e-mail artesvisuais@fundaj.gov.br ou telefone (81) 3073-6731. Os mesmos meios de comunicação podem ser utilizados também para agendamento de visitas de grupos educacionais.
Mutirão
Entre os mais de 200 itens expostos na Mutirão há diversas coleções públicas e privadas, incluindo fotografias, folders, cartazes, documentos, filme, objetos, jornais, livros e obras de artistas, que, em algum nível, se associam ao Movimento de Cultura Popular (MCP), tais como Abelardo da Hora, Francisco Brennand, Guita Charifker, Maria Carmen e Wilton de Souza.
É a mais extensa exposição já produzida sobre o MCP, na ocasião em que se celebram suas múltiplas realizações entre 1960 e 1964, e em que se marcam os 60 anos de sua extinção pelo golpe civil-militar de 1964. Sendo assim, configura-se como um rico ambiente para reflexão e discussão, não só em relação às artes, mas também sobre história, política e educação. A exposição Mutirão segue em exibição na Galeria Vicente do Rego Monteiro, na Fundaj - Derby, até 3 de novembro, funcionando de terça a domingo (incluindo feriados), das 13h às 17h.