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Fundaj comemora 75 anos de história reafirmando compromisso com a democracia e com o desenvolvimento social
Celebrando 75 anos de sua criação, neste domingo (21), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promoveu uma Sessão Solene no Campus Gilberto Freyre, em Casa Forte, no Recife, que contou com ampla participação de servidores, representantes de movimentos sociais e autoridades. Presidida pela presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, a mesa de abertura contou com a participação do presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Liza Curi, do deputado estadual João Paulo, do Secretário Nacional de Pesca Artesanal Cristiano Ramalho, da reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Maria José de Sena, da presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Ivete Caetano, da vereadora do Recife, Liana Cirne, do escritor e membro das Academias Pernambucana de Letras (APL) e Carioca de Letras, Cláudio Aguiar, e do babalorixá e Doutor Honoris Causa pela UFPE, Ivo de Xambá.
Ao longo das diversas falas, foi defendida a relevância da Fundaj para o Brasil por sua contribuição para o desenvolvimento social e cultural por meio de pesquisas e da formação, além de sua atuação no campo da memória e pesquisa, desempenhando um papel crucial ao preservar e estudar a história e a cultura brasileira. Durante sua fala, a presidenta da Fundaj ressaltou essas contribuições, destacou a necessidade de concurso público, abordou os desafios em meio ao avanço tecnológico e discutiu desafios para o país, como a desigualdade social.
“Nessas sete décadas, várias gerações impulsionaram a Fundação para seu reconhecimento como uma instituição que tem contribuído historicamente para a construção do conhecimento científico, para a difusão cultural e a formação. A Fundaj tem atuado para que a sociedade seja democrática, justa, igualitária, inclusiva e que respeite a biodiversidade. Isso sintetiza os compromissos dessa instituição. Quando falamos da democratização da sociedade, falamos da Fundaj. Os estudos produzidos e suas vivências são de imensa importância. Precisamos cada vez mais lutar pela preservação da memória deste país e entendo que a Fundaj tem um papel significativo na produção de conhecimento diretamente relacionada a problemas fundamentais do Brasil. Nesse sentido, é necessário que se tenham todas as condições para levar adiante essa luta”, destacou Márcia Angela.
Após a mesa de abertura, foi realizado o lançamento do selo comemorativo de 75 anos da Fundaj, realizada pela presidenta da Fundação, pelas diretoras de Formação Profissional e Inovação, Ana Sousa Abranches, e de Planejamento e Administração, Aida Monteiro, pela diretora em exercício de Pesquisa Sociais, Darcilene Gomes, pelo diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte, Túlio Velho Barreto, pelo Chefe de Gabinete da Presidência, Amaro Barbosa, e pela Assessora Institucional, Mônica Monteiro, juntamente com o superintendente dos Correios em Pernambuco, Ricardo Santos.
Em seguida, teve início a mesa com o tema "75 Anos da Fundaj: Um Tributo à Democracia na Valorização da Cultura, Educação e Ciência", com a participação da presidenta Márcia Angela Aguiar e da doutora Rita de Cássia Araújo, historiadora e pesquisadora da Fundaj.
A pesquisadora trouxe detalhes da criação da instituição, abordando pontos como o projeto do Instituto Joaquim Nabuco, os trabalhos de pesquisa de campo aliados à produção de acervo fotográfico, e a criação do Museu do Homem do Nordeste. Por fim, a historiadora apontou desafios para a Fundação, como a recuperação de patrimônio imobiliário e tornar amplamente acessíveis os seus acervos memoriais, entre outros.
“A sociedade identifica a Fundaj como uma instituição de Estado e não como uma instituição de província ou de governo, e isso é o que está dado. Entre os desafios, o mais importante de todos é o concurso público. Foi a primeira medida tomada por Márcia junto ao Ministro da Educação, Camilo Santana, e é uma questão de sobrevivência dessa instituição. A Fundaj nasce em 1949, atravessa a ditadura que dura 25 anos, sobrevive e se reconstrói. O esforço de reconstrução é realizado pelos servidores que têm esse senso de dever. Mesmo com o desmonte que vivemos entre 2016 e 2022, eles seguraram firmemente, conscientes da necessidade de resistir e de manter”, concluiu, dando um viva à Fundaj.
Durante a mesa, foi exibido vídeo com a mensagem da senadora Teresa Leitão, que não pôde comparecer à cerimônia, mas fez questão de parabenizar as servidoras e os servidores. “Em breve, faremos uma nova homenagem ao que a Fundaj se propõe a fazer hoje, nesta gestão desafiadora, no terceiro governo do presidente Lula. Após enfrentar as vicissitudes do governo anterior, que não acreditava na pesquisa, na ciência e não valorizava o corpo técnico das instituições, superar esse momento com uma gestão democrática, com a participação da prata da casa, é fundamental para a afirmação de um órgão público do tamanho da Fundaj, que tem como gestora essa competente educadora Márcia Angela”, disse a parlamentar.
A solenidade foi encerrada com a apresentação do Coral da Fundaj, regido pelo maestro Jadson Oliveira, que executou canções como “Boiadeiro”, “Cirandeiro” e “Ai Que Saudade D’Ocê”, além da execução do Hino de Pernambuco pelo maestro Marco César Brito no bandolim. A presidenta da Fundaj ressaltou que a Sessão Solene deu início a uma série de celebrações que seguirão por todo o ano, com a celebração dos 45 anos do Museu do Homem do Nordeste, dos 50 anos do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Melo Franco de Andrade (Cehibra) e dos 70 anos da Biblioteca Blanche Knopf.