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Fundaj avalia impacto do Mundo atingir marca de 8 bilhões de habitantes
A população mundial atingiu a marca de 8 bilhões de pessoas, segundo a Organização das Nações Unidades (ONU). O demógrafo e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Wilson Fusco, explica que o cálculo feito para contabilizar essas estimativas leva em consideração as taxas de fecundidade, mortalidade, e em alguns países como no Brasil, a taxa de imigração.
“Cada um tem as suas taxas, os seus regimes de crescimento vegetativos, que são muito diferentes. Se você pensa em países da Europa com as mais baixas taxas de natalidade e de mortalidade, elas diferem muito de países da África e da Ásia, por exemplo. Então, é por meio desses cálculos que a gente sabe que o mundo tem aproximadamente 8 bilhões de habitantes”, afirmou Fusco, que participou do programa Conexão UFPE para tratar do tema.
Sobre os impactos sociais e econômicos que esse crescimento pode causar, mesmo que esse número tenha sido alcançado após 11 anos desde que foi atingida a marca de 7 bilhões de habitantes - no dia 31 de outubro de 2011 - , Wilson Fusco chama atenção para os hábitos de consumo que temos hoje.
“Para a gente ter uma condição mais adequada, deveríamos modificar hábitos de consumo, de desperdícios, ao mesmo tempo em que poderíamos pensar na manutenção ou diminuição relativa, mas não muito, da população como um todo, para ter como a questão do meio ambiente preservado, levando em conta as questões de sustentabilidade”, declarou.
Os avanços científicos e a melhoria na alimentação, saúde pública e saneamento da população são alguns fatores atribuídos a esse recorde. Por outro lado, o cenário também evidencia que há regiões no mundo em que as desigualdades sociais e a procura por oportunidades estão cada vez mais acentuadas.
O que desperta a reflexão de que é necessário se discutir cada vez mais sobre políticas públicas eficientes, que possam englobar áreas como saúde, educação e segurança, para enfrentar esse desequilíbrio.
“Uma coisa bastante importante é para quem estamos falando sobre a situação ideal. Dada a elevada desigualdade das populações do mundo, principalmente em países em desenvolvimento ou os mais pobres, você vai continuar tendo uma situação de vulnerabilidade, de precariedade, muito elevada”, disse Wilson Fusco.