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Fundaj abre exposição fotográfica do acervo de Japson Almeida
“Japson Almeida: Fragmentos de um Olhar" traz para o Recife o acervo do fotógrafo alagoano, composto de panoramas e vistas aéreas inéditas, documentando o estado de Alagoas, além de cidades como a capital pernambucana, através da técnica analógica, utilizando negativos e diapositivos em p&b e em cores, durante o século XX. Na próxima quarta-feira (16), haverá a assinatura do termo de doação do acervo e o lançamento do livro homônimo, às 17h, na Sala de Leitura Nilo Pereira, com a presença da família do artista, falecido em 1992.
Toda a obra foi entregue ao Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) por Japson Almeida Filho, após visita técnica das historiadoras Rita de Cássia Araújo e Albertina Lacerda, a Maceió. O Cehibra é vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca). Japson se tornou fotógrafo autoral, a partir do registro da imagem de Nossa Senhora de Fátima, visitando Maceió, em 1950.
"A fotografia teve grande repercussão e ele teve que fazer muitas cópias e saiu distribuindo. Foi aí que ele tomou gosto pela arte de fotografar. Primeiro, ele abriu uma loja de equipamentos fotográficos e depois, com uma câmara na mão, começou a trabalhar profissionalmente. Japson ficou tão motivado, que se arvorou pela técnica de cinema, passando a fazer diversos documentários, chegando a possuir um cinema de bairro, o Cine Real", explicou a pesquisadora da Fundaj e curadora da exposição, Albertina Lacerda.
O acervo é composto de quase quatro mil itens, entre documentos fotográficos, cinematográficos e sonoros, de formatos e técnicas variadas, do autor e de outros artistas, uma vez que também era um colecionador. "Fazendo um inventário do material, descobrimos coisas muito interessantes como imagens estereoscópicas, vistas de forma tridimensional, da década de 1930, do fotógrafo Paulino Santiago, uma tecnologia bastante avançada para a época, além de dois documentários do fotógrafo Francês Jean Mazon", comentou a organizadora do acervo.