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Estudantes do Programa de Pós-graduação em Educação do Centro de Educação da UFPE visitam equipamentos culturais da Fundaj
O Conselho Diretor (Condir) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no campus Gilberto Freyre, em Casa Forte, foi o ponto de partida da visitação de campo do grupo de estudantes do Programa de Pós-graduação em Educação do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nesta terça-feira (16). À convite da presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, docente do programa de pós-graduação em educação, os estudantes conheceram os equipamentos culturais da Fundação instalados no campus.
Acompanhado pela coordenadora de Ações Educativas e comunitárias do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), Edna Silva, e pelo monitor do Muhne, Murilo Dayo, o grupo de 19 estudantes, teve um encontro inicial no Condir, onde a presidenta expressou seu apreço pelo trabalho da Fundaj e o impacto social que a mesma proporciona. “A Fundaj está comprometida com a promoção da cultura não somente aqui do estado pernambucano, mas também do Nordeste. Pelo seu valor inestimável, é muito importante que a Fundação cumpre a sua função de ser cada dia mais inserida na sociedade, propondo um melhor acesso aos seus equipamentos culturais, especialmente as populações mais vulneráveis”, observou a presidenta.
Em seguida, os estudantes iniciaram o circuito de visitas pelos espaços culturais da Fundação. A programação envolveu a Cinemateca, que reúne acervo de filmes e a da história do cinema pernambucano, a Pinacoteca, um equipamento instalado no casarão Francisco Ribeiro, que reúne obras de grandes nomes, como Tarsila Amaral e Cícero Dias, e inéditas ao público, chegando até a Galeria Massangana, na qual está em cartaz a mostra “Memórias da Nação Xambá – 20 anos do Memorial Severina Paraíso da Silva ‘Mãe Biu’”.
A visita a este último espaço foi mediada pelo museólogo da Casa, Henrique Cruz, o qual explicitou a construção dos espaços expográficos na visão da Fundaj. “A proposta museológica é que não se fale apenas do outro, mas com o outro. É importante pensar nesses museus comunitários como instituições pensadas para reivindicar as causas desses grupos que estão marginalizados socialmente, deixando que este seja protagonista e faça sua própria narrativa”, conclui o museólogo.
Foi realizada, ainda, uma visita guiada pelo Museu do Homem do Nordeste, com mediação do educador Murilo Dayo. “Momentos como esse são importantes, pois é enriquecedor fazer uma mediação que trabalhe com um direcionamento mais social e que o público também traga essa vivência para a experiência da mediação, ao invés de só lançar datas históricas e algumas informações. É importante fazer com o que o público enxergue o nosso espaço não apenas como museológico, mas como construção da memória coletiva”, discorreu o educador.
Finalizando a manhã, os estudantes conheceram o Gabinete da Presidência, onde debateram sobre os temas aprendidos ao longo das visitas. Para a presidenta da Fundaj, a expectativa da visita foi cumprida. “A proposta deste encontro era aproximar esses estudantes do programa de pós-graduação aos ambientes culturais que Pernambuco tem. E a Fundaj representa esse espaço de aprendizagem, de pesquisa e deslumbramento a quem visita. É preciso dar bastante visibilidade à Fundação, que está aberta ao público e promove cultura, arte e preserva a memória”, finalizou Márcia Angela Aguiar.