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Equipe de Transição da Fundaj apresenta relatório de diagnóstico sobre a Instituição
Após um intenso trabalho de levantamento de informações sobre o atual cenário da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em seus mais diversos campos de atuação, a presidenta da Instituição Federal, professora doutora Márcia Angela Aguiar, e a Equipe de Transição, apresentaram os diagnósticos aos servidores da casa. Entre terça (11) e quinta-feira (13) foram expostas análises referentes às diretorias de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) e de Pesquisas Sociais (Dipes) aos colaboradores de cada setor. De acordo com Márcia Angela Aguiar, os relatórios buscam jogar luz sobre o que é a Fundação nos dias atuais. A partir do que foi apresentado nas reuniões, será criado um planejamento estratégico que já vem sendo discutido. “Quero ouvir os servidores e compartilhar o processo de planejamento”, afirmou a presidenta da Fundaj.
O diagnóstico – solicitado pela presidenta – foi elaborado pela Equipe de Transição, formada pela Assessora Institucional, Mônica Monteiro, pelas diretoras de Planejamento e Administração, Maria Aida Monteiro, e de Formação Profissional e Inovação, Ana Sousa Abranches, pelos diretores de Memória, Educação, Cultura e Arte, Túlio Velho Barreto, e de Pesquisas Sociais, Wilson Fusco; pelas pesquisadoras da Fundação Edneida Cavalcanti e Silvia Couceiro, e pelo professor José Amaro Barbosa.
Movida pelo compromisso com o patrimônio público, a equipe realizou um trabalho meticuloso que demonstra a potência e os pontos de melhoria na Instituição, bem como os limites e as possibilidades da mesma. A análise compreende o período de 2019 a 2022. “Esse é um documento de partida. Estamos realizando essas reuniões abertas, para poder acrescentar. O nosso trabalho foi o de levantar informações para gerar soluções. Questões que poderiam ser encaminhadas e resolvidas a partir da colaboração de todos. E também levantamos recomendações para resolução de problemas”, afirmou a coordenadora da Equipe de Transição, Mônica Monteiro.
Diagnóstico
Em ambas as diretorias, a primeira parte do documento foi apresentada pela Assessora Institucional Mônica Monteiro, responsável por coordenar esse trabalho de transição das gestões. O texto traz recomendações gerais para toda a Fundaj, com tópicos tratando sobre o Conselho Diretor; Quadro de Pessoal Efetivo; Estatuto, Regimento e Desenho Institucional; Auditorias da Controladoria Geral da União (CGU); Nova Lei De Licitações; Contratos; Orçamento; Comunicação; Sistemas de Gestão e Interfaces; e Transparência da Gestão.
“Nas duas últimas décadas os cargos de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) e Funções Gratificadas (FG), que hoje são denominados, respectivamente, Cargos em Comissão (CCE) e Funções de Confiança do Executivo (FCE), foram reduzidos de 192 para 53 cargos, significando uma redução de 72,4%”, destaca trecho do relatório.
Dentre as estratégias previstas para serem adotadas está a recomposição do quadro de pessoal por meio de concurso público com proposta para ser realizado em 2024. Outra recomendação é a retomada do calendário de reuniões do Condir já a partir de 2023 e o restabelecimento do Conselho Editorial da Editora Massangana, entre outros pontos.
Dimeca
Em sua apresentação, na terça-feira (11), o diretor da Dimeca, Túlio Velho Barreto, destacou que, durante a análise, a Equipe de Transição se deparou com o bom desempenho dos colaboradores em suas atividades e ressaltou o rico acervo da Fundaj e o processo de digitalização do mesmo. “Foi um processo para aprender e me reconectar com aquilo que a Fundação tem feito”, afirmou. Na parte de Comentários e Recomendações Gerais para a Dimeca, foi citada a temporalidade de projetos, a dimensão física das atividades, a condição de uso dos equipamentos e a necessidade de reorganização da estrutura de funcionamento da Diretoria.
Como unidades de atenção mais imediata, foram citados a Editora Massangana (distribuição, divulgação e venda), o Laborarte (valorização do potencial) e o Cinema da Fundação no Porto Digital. Os colaboradores presentes puderam expor suas observações e, entre outros pontos, concordaram que é preciso implementar uma política de acolhimento no campus Ulysses Pernambucano da Fundaj, localizado no Derby.
Pesquisa
Na quinta-feira (13), o diretor Wilson Fusco apresentou a situação da Diretoria de Pesquisas Sociais, chamando atenção para o déficit no quadro de pessoal. Entre as recomendações gerais, pontuou ser importante atualizar as informações sobre as temáticas da diretoria incluindo a diversidade temática e abrangência territorial de suas pesquisas e ações. “Precisamos democratizar a gestão da pesquisa, apresentação de projetos a serem submetidos ao Condir com proposta de apresentação/divulgação de resultados e outras ações assemelhadas ao Colegiado da Dipes, e outras instâncias, para compartilhar as nossas ações”, pontuou Fusco.
Concurso e parcerias
Nas reuniões com os servidores, a presidenta da Fundaj reforçou a necessidade de realização de um concurso público para recompor setores estruturantes e estratégicos da Instituição. “Essa solicitação de concurso público já foi encaminhada ao Ministério da Educação”, adiantou Márcia Angela Aguiar. Além disso, ressaltou a importância de valorizar a produção científica e a ampliação da pauta da Fundação por meio de parcerias com outras instituições nacionais e internacionais.
“A Fundaj é muitas vezes vista como uma instituição que só pertence a Pernambuco. Teremos a tarefa de mostrar à sociedade que a Fundação não é só Pernambuco. É do Nordeste, é do Norte, é do Brasil e, também, internacional”, observou a presidenta, destacando que este trabalho já está sendo feito. Em março, menos de um mês após sua posse, a Fundação já assinou um acordo de cooperação com o Instituto Politécnico do Porto, de Portugal, com objetivo de estabelecer um programa de parceria acadêmica, científica, tecnológica, artística e cultural entre as partes.