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Encontro na Fundaj discute relação entre vanguarda e tradição na arte moderna
"Retomar a memória ajuda a gente a formar o futuro". A frase foi um dos norteadores da aula "A musealização da arte moderna: entre a vanguarda e a tradição", da professora Sabrina Parracho. O encontro aconteceu no campus do Derby da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e marcou a segunda aula do segundo módulo do curso “22-22-22: modernidades, modernismos e contemporaneidade”, promovido pelo Museu do Homem do Nordeste (Muhne).
Nesta etapa, os alunos estão conhecendo mais sobre o modernismo e a atualização do projeto de modernidade no século XX. Professora e mestre em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sabrina falou sobre a relação entre museus, memória e arte contemporânea a partir da vanguarda e da tradição.
Ela destacou o centenário da Independência como a principal celebração no Rio de Janeiro em 1922 e como, consequentemente, isso levou a Semana de Arte Moderna a se consolidar como um grande símbolo da nação.
A professora também analisou o cenário da arte atualmente e suas relações com o nacionalismo, o bicentenário da Independência e a Semana de 22. De acordo com Sabrina, no momento atual, as lutas que foram silenciadas pela Independência estão ressurgindo de uma nova forma. "Outras histórias estão sendo contadas. Agora é sobre retomar não como objeto, e sim como protagonista", explicou.
Dentre os exemplos, Sabrina falou sobre as exposições "Atos de revolta" e "Mito ou narrativa de origem", do Museu de Arte Moderna. As mostras apresentam obras de artistas contemporâneos com novas representações do período da Independência e do Brasil Colonial.
Durante o debate, os cursistas ressaltaram a importância dos museus como espaço para construir e preservar histórias, mas também escondê-las, em alguns casos. Eles também falaram sobre a arte contemporânea, movimentos sociais e a identidade brasileira.
As próximas aulas do módulo serão ministradas nos dias 25 e 27 de outubro.