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Educadores dos equipamentos culturais da Fundaj participam de formação sobre cultura e inclusão para pessoas com TEA
"Cultura e Inclusão: abordagens teóricas e práticas em prol de visitações adaptadas para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)" foi o tema da formação ofertada a monitores e educadores do Museu do Homem do Nordeste, Engenho Massangana e Cinema da Fundação, nesta segunda-feira (10). Para garantir o diálogo atento e acessível com as pessoas com necessidades específicas e a inclusão das mesmas no meio cultural, a capacitação interna foi fruto de uma parceria entre a Coordenação de Ações Educativas e Comunitárias do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e a Prefeitura de Jaboatão.
Responsável por conduzir o encontro, a coordenadora Educacional na Gerência de Educação Especial da Secretaria de Educação do Jaboatão dos Guararapes, e também pedagoga, neuropsicopedagoga e especialista em Educação Especial e em TEA, Milena Lopes da Silva Ferreira, falou sobre a importância de iniciativas como essa. “O Muhne já faz um trabalho incrível com relação ao acolhimento e a inclusão da diversidade. Proporcionar para os colaboradores uma reflexão, no mês tão significativo como é abril, que é o mês da conscientização mundial do autismo, sobre a importância de uma visitação acessível e mais sensível às especificidades de cada indivíduo mesmo estando sob o mesmo espectro, acho que fará com que as próximas visitas sejam mais significativas, não só para as crianças e adolescentes com autismo, mas para os monitores também”, explica Milena Lopes da Silva Ferreira.
Para Túlio Rodrigues, monitor do Educativo, com formação em Acessibilidade, essas atividades são uma oportunidade de alinhar o conceito teórico com as vivências práticas já experienciadas pela equipe do Muhne e do Cinema da Fundação. “De algum modo a formação de hoje impulsiona a vontade de potencializar as obras que estão ali, mas que podem ter outras formas de serem acessadas. Queremos manter ativo essa percepção também de que cada grupo de visitantes tem uma maneira diferente de estar nesses espaços”, afirmou Túlio Rodrigues.
A coordenadora de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste, Edna Silva, a formação realizada nesta segunda-feira, mostra a importância de colocar em prática atitudes que promovam a inclusão. “Como foi dito, se o lugar que você for frequentar não lhe acolhe e não lhe recebe, esse lugar é deficiente. É um orgulho sermos apontados por uma especialista em educação inclusiva, como sendo um lugar que se esforça. Nosso museu é um museu que está sempre aprendendo e que vai cada vez mais prestar atenção para ser exemplo de espaço acolhedor”, comentou Edna Silva.
Ao final da formação, os monitores e a neuropsicopedagoga Milena Lopes, percorreram as salas do museu para colocar em prática as diversas formas de incluir os visitantes com TEA e tornar os ambientes mais atrativos de acordo com cada especificidade. Nesta sexta-feira (14), às 14h, oMuhne receberá um grupo de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), da rede pública de ensino de Jaboatão dos Guararapes, para uma visitação guiada pelo equipamento cultural da Fundaj.