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Diretor da Dimeca/Fundaj participará do VIII Festival de Poesia de Lisboa
O pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Túlio Velho Barreto, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), participará do VIII Festival de Poesia de Lisboa, que se realizará entre os dias 13 e 17 de setembro. A homenageada desta edição é a brasileira Adélia Prado, 87 anos. Considerada a maior poetisa viva do Brasil e uma das maiores de todos os tempos, Adélia Prado é também professora, filósofa, romancista e contista.
Na ocasião, Túlio Velho Barreto lançará o livro de poemas “Versos em Cordas Primas”, pela editora franco-brasileira Helvetia Éditions. O lançamento ocorrerá na Biblioteca de Alcântara durante a sessão que antecederá o encerramento do evento, em 17 de setembro. A programação completa do VIII Festival de Poesia de Lisboa pode ser acessada no link
Túlio Velho Barreto explica que “o lançamento do livro em Lisboa, por uma editora que atua no mercado editorial europeu, é muito importante, sobretudo considerando que o livro foi apenas um dos seis selecionados, entre mais de 100 originais de poetas de todos os países de língua portuguesa, para compor a Coleção Contemporaneíssimos”. O livro “Versos em Cordas Primas” tem 60 poemas e foi selecionado a partir de um edital lançado em 2022 pelo Selo do Festival de Poesia de Lisboa, que está em sua 8ª edição.
Com prefácio do escritor, jornalista, compositor e cantor Marco Polo Guimarães, da icônica banda Ave Sangria, o livro poderá ser adquirido separadamente ou no boxe da Coleção Contemporaneíssimos, no site da editora. Em seu prefácio, Marco Polo discorre sobre o livro: “...nele nos debruçamos sobre temas e formas que se justapõem com a sintonia das máquinas precisas. E é assim que a poesia de Túlio Velho Barreto se define, justificada pela exatidão. E então, ao adentrar nesses Versos em Cordas Primas, sentimos o prazer de ler uma poesia certeira. Uma poesia direta. Feito uma lança. Feito uma flecha. Feito a poesia que só um poeta de verdade saberia escrever."
Sobre o autor
Nascido no Recife, Túlio Velho Barreto é cientista social, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco e docente de pós-graduação. Já escrevia poemas antes mesmo de decidir ao que se dedicaria profissionalmente. Começou no final dos anos 1970, tendo publicado o primeiro poema em meados dos anos 1980. Na época, conheceu os poetas Alberto da Cunha Melo e Jaci Bezerra, integrantes da chamada Geração 65, e Olga Savary, então de férias no Recife. Foi a poeta Olga Savary que o apresentou à literatura japonesa, em especial ao haikai. Desde então tem participado de antologias e coletâneas, além de revistas impressas e eletrônicas, publicando haikais e poemas em formatos diversos. Em 2022, com o poeta Paulo Marcondes Ferreira Soares, publicou o livro “Do estar no ainda - Haikais” (Patuá).
Sobre o Festival
Com a primeira edição realizada em 2016, o Festival de Poesia de Lisboa foi criado com o objetivo de incentivar a leitura, fomentar a democratização da palavra e valorizar a poesia de língua portuguesa. Já foram realizadas sete edições do Festival, com apoio do Instituto Camões e diversos outros parceiros fundamentais, como o Museu da Língua Portuguesa, a Associação ILGA Portugal e os Espaços Parceiros (Padrão dos Descobrimentos, Valsa, Livraria da Travessa, Espaço Espelho D’Água e Fábrica Braço de Prata).
Até então, mais de 500 poetas em 15 países já foram alcançados e sete antologias poéticas foram publicadas. Além disso, já foram realizadas 19 oficinas criativas, 32 palestras e mesas, seis espetáculos poéticos e dez tertúlias – somando os formatos virtual e presencial. Entre os poetas homenageados nas edições passadas estão: Manuel Alegre (2019), Conceição Evaristo (2020), Mia Couto (2021) e Ana Luísa Amaral (2022).