Dia da Mulher é celebrado na Fundaj com palestra, samba, almoço e yoga

Em um dia repleto de atividades, as colaboradoras da Fundação Joaquim Nabuco celebraram o Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira (11), partindo da temática "Do corpo à história". O evento foi realizado na sede da Associação dos servidores, localizada em Apipucos, com organização das coordenações de Recursos Humanos, do Educativo do Museu do Homem do Nordeste e da Assessoria de Comunicação.

O evento começou com uma atividade conduzida pela instrutora de Yoga e massoterapeuta ayurvédica, Fabiana Jansen. Utilizando o corpo como campo de experimentação, a atividade trabalhou a força do “sagrado feminino”, da consciência e da auto-observação. Uma das técnicas utilizadas foi a yoga nidra. "É a yoga do sono do corpo físico e psíquico. Um momento de relaxar totalmente para que a consciência possa se manifestar livremente", explicou Fabiana, ressaltando a necessidade do relaxamento para uma conexão com o "aqui e o agora". Em seguida, a pedagoga e educadora popular Simone Lourenço conduziu uma atividade utilizando a música "Tem Pouca Diferença", de Jackson do Pandeiro, com interação das colaboradoras. 

Ainda durante a manhã, uma conversa conduzida pela bacharela em Direito e pós-graduanda em Direito da Diversidade e da Inclusão, Carina Catanho, abordou a violência contra mulher, debatendo o entendimento que as mulheres presentes possuíam da violência de gênero em suas diferentes vertentes, física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Algumas delas fizeram relatos que tem conhecimento em seus contextos de convivência. "É importante ter um momento de fala, de escuta e de acolhimento diante de um tema tão importante", pontuou Carina. O debate ainda instruiu as mulheres sobre qual o caminho "Romper o silêncio é necessário para acabar com o ciclo de violência, mas romper o silêncio não é fácil. E é importante ressaltar a importância de não culpabilizar a mulher. Não podemos ser mais uma pessoa a responsabilizar essa mulher, mas sim ajudá-la a romper esse ciclo de violência", acrescentou Carina.

Ela enumerou mecanismos de denúncia que podem ser utilizados nesses casos, como as Delegacias Especializadas da Mulher e os Centros de Referência, que orientam as mulheres em casos de violência doméstica e sexista. "A gente precisa se apropriar, precisamos conhecer esses serviços. Temos a política de atendimento, mas muitas vezes não sabemos como acessar essa política", frisou. 

Simone, por sua vez, reforçou o caráter "democrático" da violência contra a mulher. "A violência contra mulher atinge todas as mulheres, não é algo que atinge apenas mulheres pobres, negras ou periféricas", afirmou. 

Teatro-fórum

Simone também conduziu uma atividade inspirada no teatro-fórum, modalidade do Teatro do Oprimido, introduzido pelo dramaturgo Augusto Boal, na década de 1970, como forma de luta contra a opressão. Cinco colaboradoras voluntárias da Fundaj encenaram uma disputa por uma vaga de emprego entre quatro mulheres para mostrar o impacto do preconceito social e racial. "O preconceito não tá na minha cor, está na mente das pessoas. O machismo está no comportamento. Essa vivência é um pouco para dizer às mulheres que ao termos consciência do nosso papel, temos que ajudar as outras que ainda não conseguiram se libertar dessa situação de opressão", afirmou Simone. 

Almoço, show e bingo

À tarde, as colaboradoras da Fundaj aproveitaram um almoço realizado pela Instituição. Em seguida, foi a hora de cair no samba com o grupo Sambadeiras de Olinda, bateria feminina mais antiga da Cidade Alta. 

O presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos, ressaltou a importância das mulheres na atuação da Fundaj. "É uma alegria homenagear essas mulheres guerreiras, que fazem a diferença e que são o sexo forte do mundo, do Brasil e da Fundaj", afirmou. A coordenadora-geral de Gestão de Pessoas da Fundaj, Mary Ann Pimentel, ressaltou e empenho da instituição para a contrução desse dia. "Fizemos tudo com muito carinho, nosso compromisso sempre será fazer mais e melhor por todas nós mulheres. Quero agradecer a todos os calaboradores e calaboradores que nos ajudaram na construção desse dia tão especial", afirmou.