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Curso da Fundaj reflete sobre construção de identidade, fé e manifestações religiosas no turismo
O curso Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil, da Fundação Joaquim Nabuco, ofertado por meio da sua Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), foi finalizado nesta segunda-feira (30). Foram mais de 300 inscritos para participar da capacitação coordenada por Andréa Berenguer. As cinco aulas aconteceram pela plataforma virtual Google Meet e foram ministradas também pela antropóloga do Museu do Homem do Nordeste, Ciema Mello, o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco e doutor em Antropologia, Mario Helio, o doutorando em Arqueologia e Mestre em Ciências da Religião, Múcio Aguiar, e a educadora da Coordenação de Ações Educativas e Comunitárias do Museu do Homem do Nordeste, especialista em Produção e Gerenciamento de Eventos e graduada em Turismo, Olga Santos.
Durante a última aula do curso, ministrada por Olga Santos, foram apresentados roteiros, eventos e atrativos religiosos de cada estado da região Nordeste. Em um passeio virtual pelos festejos, tradições e manifestações de fé, a professora destacou a diversidade religiosa, cultural e história do Nordeste. Dentro os festejos, foram citados: Festa de Nossa Senhora de Nazaré (MA), Romaria de Aniversário e Morte de Padre Cícero (CE), Procissão do Fogaréu (PI), Festa de Santa Luzia (RN), Festa à Iemanjá (SE), Maragofé (AL), Lavagem das Escadarias das Igrejas (BA), Romaria de Frei Damião (PB) e a Noite dos Tambores Silenciosos (PE).
Olga também chamou atenção para a importância de se pensar nos desafios que o turismo enfrenta, como acessibilidade, infraestrutura e, no momento atual de pandemia, segurança sanitária. “Precisamos também da capacitação para o receptivo do turismo religioso, porque sem isso corremos o risco de passar mensagens que não correspondem à história do atrativo e da localidade”, completou.
“O turismo religioso é amplo, a cada dia vamos achando mais rastros históricos. É importante, quando formos fazer um roteiro, nos preocuparmos se o roteiro é cultural, se a religião é parte da cultura e da construção de um povo ou se o roteiro é religioso e o nicho do grupo atraído tem a religião como principal motivação”, explicou Andréa.
Como atividade de encerramento, eles tiveram que entregar sugestões de roteiros turísticos e alguns deles fizeram apresentações. Renan Rolim apresentou um roteiro focado no turismo de pessoas que se deslocam de bicicleta, onde o foco principal seria o Santuário de São Severino e os turistas conheceriam comidas típicas da região e visitariam as principais igrejas da cidade. Já o Padre Gleiber Dantas criou um guia com foco no Caminho das Santas e poderia ser feito de bicicleta, ônibus ou veículo automotor. Os alunos e professores puderam interagir simultaneamente via vídeo ou chat. “Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil” iniciou na última segunda-feira (26), teve dez horas de duração e foi um curso voltado para gestores e estudantes de turismo dos municípios do Nordeste.
Confira a cobertura completa:
Primeiro dia:
Segundo dia:
Terceiro dia:
Quarto dia: