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Coordenadora do Cedist participa de roda de diálogo sobre poluição plástica nos manguezais nesta terça-feira (25)
De que forma podemos preservar os manguezais e impedir a poluição plástica de um dos nossos patrimônios ambientais? Essa reflexão fez parte de uma roda de diálogo que aconteceu no Auditório do Edifício-sede da Prefeitura Municipal de Olinda, nesta terça-feira (25), com participação da coordenadora-geral do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) da Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Edneida Cavalcanti.
O evento foi organizado pela Prefeitura de Olinda, por meio da Secretaria Executiva de Planejamento Ambiental, e aconteceu em alusão ao Dia da Conservação dos Manguezais e ao Dia Mundial da Conservação da Natureza, celebrados nos dias 26 e 28 de julho, respectivamente. Para debater sobre o tema "A poluição plástica e seus impactos no mangue", foram convidados, ainda, representantes de setores ligados a comunidades ribeirinhas e litorâneas e pesquisadores.
"As discussões sobre temas socioambientais são complexas, que vão requerer sobre o olhar múltiplo para que a gente saia da superficialidade. Sabemos da importância da academia e da pesquisa, mas elas devem ser somada a outros olhares, como o olhar da comunidade e dos agentes fiscalizadores. É importante trazer essa amplitude, mas também uma frieza necessária para que a gente passe para transformações efetivas na sociedade", destacou Edneida.
A proposta da roda de diálogo foi promover o debate acerca da geração de resíduos e abordar o tema sob diversas vias e diversos segmentos sociais. A discussão da mesa foi conduzida por Edneida e pelo Secretário Executivo De Planejamento Ambiental de Olinda, Rodrigo Cardoso. O convite para que Edneida fosse uma das mediadoras aconteceu em decorrência do debate “Sociedade do consumo e poluição por plásticos: consequências nas comunidades ribeirinhas e litorâneas”, evento organizado pela Fundaj para celebrar o mês do Meio Ambiente, em junho deste ano.
"Gostaria de falar sobre a importância dessa reunião. Estamos tentando inserir Olinda nesse contexto e isso é mais uma prova do nosso avanço", celebrou Rodrigo Cardoso. Alguns dos convidados fizeram apresentações para incentivar o diálogo com os presentes. Representando a Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha do Estado de Pernambuco (Semas), Maria Danise e Lays Camila falaram sobre os impactos da invasão costeira e da retirada da faixa de manguezal em áreas do estado.
Já Simone Teixeira, pesquisadora da Universidade de Pernambuco (UPE), levou para o debate as medidas de enfrentamento ao plástico, como reduzir o plástico no dia a dia das pessoas e reciclar de forma correta, por exemplo. Complementando a temática, Vitória Castro, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), falou sobre microplásticos e como a educação ambiental é uma disciplina necessária e transversal.
Após a apresentação dos convidados, o público debateu sobre a temática. Dentre os assuntos levantados na roda de conversa, estavam a fiscalização da poluição plástica, a necessidade de um plano de ação para diminuir o lixo vindo de outros municípios e de ações para que a manutenção do manguezal permaneça e, ainda, a importância de uma legislação de coleta seletiva. Também foi abordada a necessidade de inserir a temática no processo de formação de professores para que eles possam afetar seus estudantes. Edneida Cavalcanti reforçou que a mesa dialoga com as ações que a Fundaj tem adotado com a perspectiva de acionar redes para trabalhar uma temática que precisa de múltiplos olhares, desde a gestão pública até a sociedade civil.