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Com temáticas sobre educação, saúde e religião, Fundaj promove a XVIII Jornada de Iniciação Científica
A Fundação Joaquim Nabuco, por meio da Dipes, realizou nesta quarta-feira (16) a XVIII Jornada de Iniciação Científica (JOIC). Realizada pelo Programa de Iniciação Científica CNPq/Fundaj, a atividade reúne pesquisas desenvolvidas, ao longo de 12 meses, por graduandos e bolsistas do ensino médio.
As apresentações foram realizadas na Sala Gilberto Osório de Andrade, campus Apipucos da Fundaj. Para o diretor da Dipes Luís Henrique Romani de Campos, que fez a abertura da jornada, as temáticas trabalhadas nesta edição trazem um cenário de "contemporaneidades e permanências".
"Temos muita contemporaneidade porque estamos falando dos impactos da pandemia sobre o ensino, da pandemia na saúde. Nós falamos sobre questões atuais dos movimentos religiosos, então estamos falando de contemporaneidades ao mesmo tempo que há uma permanência da diretoria de pesquisa na temática social, da educação" disse.
O coordenador do Pibic/Fundaj, Wilson Fusco, destacou que a edição deste ano está sendo uma oportunidade de ter contato novamente com os estudantes, pois as duas últimas edições foram realizadas de forma remota, mas com os devidos cuidados diante dos índices de aumento no número de casos confirmados e covid-19.
O encontro contou com pesquisadores experientes e avaliadores de outras instituições. Para Alice Miriam Happ Bottler, do Centro de Educação da UFPE, a JOIC é um momento importante de troca de conhecimento. "E de muito aprendizado porque a banca que está avaliando, ela também faz perguntas, e dialoga com os estudantes a respeito do seu trabalho", disse.
Esse estímulo à formação de futuros pesquisadores também foi defendido pela pesquisadora e professora Karina Cardoso Meira, da UFRN. "A iniciação científica é extremamente importante para a formação de novos quadros de pesquisadores do Brasil. Sou egressa do Pibic, em 2003 fui contemplada com a bolsa e a partir da iniciação científica colocou em mim o desejo de ser pesquisadora e professora" , afirmou.
A JOIC é organizada pelo Comitê de Iniciação Científica: Allan Monteiro, Ana Abranches, Cibele Barbosa, Cristine Bonfim, Darcilene Cláudio Gomes e Wilson Fusco.
Na primeira parte da programação, que ocorreu pela manhã, se apresentaram os bolsistas: Morgana Ellfy de Lima Lira, com a pesquisa sobre "Impacto da Pandemia de Covid-19 na Série Temporal da Razão de Mortalidade Materna no Recife, Pernambuco, Brasil"; Ingrid Klebyane Farias de Luna Barbosa, com a pesquisa sobre "O discurso da fundação Lemann no contexto das políticas educacionais"; Nathália M. Rodrigues Azevedo, com a pesquisa sobre "A Pandemia na educação infantil: uma análise da literatura'' e Tiago Macedo Bezerra Maia, com a pesquisa sobre "O Sionismo entre católicos carismáticos no Brasil contemporâneo: Um olhar sociológico e político".
À tarde, a primeira a falar do seu trabalho foi a bolsista graduanda Alice Nascimento, autora da pesquisa “Sionismo católico no Brasil: atuação parlamentar no Congresso Nacional”. Ela falou da diferença entre Sionismo Cristão e do Católico, e sobre a contemporaneidade dos movimentos entre políticos que apoiam a nação de Israel. Em sua metodologia, fez análise documental e de discursos, usou fontes virtuais e pensou na dimensão contextual e relacional de discursos. “Vale ressaltar que Alice assumiu a vaga de Thiago, que assumiu um doutorado. Ela só teve seis meses para a pesquisa e fez um trabalho brilhante”, afirmou o orientador da pesquisa, Joanildo Burity.
Já a bolsista Angela Simões apresentou a pesquisa “Formas de contratação de professores da rede pública estadual de ensino em Pernambuco (2000-2020)”. No início de sua fala, apresentou o questionamento do seu trabalho: “Será possível assemelhar o trabalho temporário dos docentes com o fenômeno da Uberização?” Tendo como objetivo, analisar as condições de contratação dos professores no ensino médio público no estado de PE, ela afirmou que sim. “Tem a ver com a Uberização porque o trabalhador com contrato temporário tem precariedades que fazem parte das características do fenômeno, como trabalhos com maiores cargas horárias”.
Em seguida, foi apresentada a pesquisa conjunta dos alunos do Pibic Ensino Médio 2021-2022 da Fundaj “ A escola que temos, a escola que queremos”. O trabalho foi desenvolvido pelos alunos do EREM Professor Cândido Duarte: Barbara da Silva, Bianca Lopes, Geovany Andrade, Isabella da Silva, Maria Clara Lima e Natália Gusmão. Juntos, eles aplicaram um questionário para 154 alunos do colégio em que estudam e entenderam um pouco da realidade de cada um. “Aprendemos muito sobre pesquisas qualitativas e quantitativas, pudemos aplicar na nossa própria escola, questionar e tentar entender os dados”, afirmou Isabella.
A programação encerrou mais um ciclo de um ano de pesquisas do Programa de Iniciação Científica CNPq/Fundaj. Os três melhores trabalhos serão divulgados e premiados em breve.