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Com fomento à cultura local, Engenho Massangana realiza a 3° edição do "Sarau Massanganu"
O Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho, realizou, neste sábado (26), a terceira edição do "Sarau Massanganu", atividade que fomenta a cultura local e incentiva a poesia.
Com música e feirinha de alimentos e vestuário, o encontro homenageou, nesta edição, o poeta Esperantivo, um ativista da literatura de cordel e membro da Academia Cabense de Letras (ACL).
"Muito feliz com a homenagem neste Sarau, que valoriza a arte do Cabo de Santo Agostinho. Um evento como esse faz com que as pessoas conheçam os artistas da terra, é um espaço aberto para que possam conhecer toda uma história. É importante para a sociedade fomentarmos a arte e incentivarmos a produção cultural local", disse o poeta.
O Sarau Massanganu é realizado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em parceria com a Academia Cabense de Letras e tem entrada gratuita. O microfone ficou aberto durante toda a tarde para quem quisesse participar. E foram inúmeras as apresentações, tanto de música quanto de poesia.
"Pensado há anos, o Sarau conta agora com essa força, dialogando com a Academia Cabense e com artistas locais. É de extrema importância para a comunidade que é carente desse tipo de atração, carente de Sarau. Esse é o único no município atualmente. Nesse contato direto com a comunidade, o Museu consegue cumprir seu papel de ferramenta social", afirmou Enerson Silva, professor e educador do Museu do Homem do Nordeste (Muhne).
Esse fomento à literatura é essencial na construção cultural do indivíduo, na avaliação de Vera Rocha, membro da Academia Cabense de Letras desde sua fundação.
"Muito feliz de poder ter uma parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, na qual a gente traz a poesia ao encontro da comunidade, mostrar nosso trabalho, prestigiar os artistas, fazer a integração por meio da literatura. A poesia traz um alento em momento de tanta dificuldade pela qual passa o mundo", disse Vera.
O Sarau Massanganu abre espaço para uma feirinha. E são vários os produtos comercializados pela comunidade do entorno do Engenho, desde rapadura até vestimentas, passando por bolos, caldo-de-cana e biju.
"Sou nascida e criada no Engenho, trabalho com cabelo, com lanches, sempre estou por aqui. Não tínhamos isso, e depois que surgiu o Sarau, tivemos a oportunidade de expor nossas comidas, nossas delícias da terra, é ótimo pra gente porque é bem movimentado", contou a comerciante Joelma Maria dos Anjos, que levou bolos e tortas ao evento.
Professora em Jaboatão dos Guararapes, Cláudia dos Santos decidiu passar o sábado no Engenho. "Há anos não voltava a esse lugar incrível, soube do Sarau, algo que me interessa, e pude vir. O engenho também tem essa natureza ao redor, é muito bom. Esse fomento à nossa cultura que é forte no Cabo me deixou muito feliz", comentou.
Música
Jardel Gíria também se apresentou durante o Sarau. Mexendo com todo mundo, o artista cabense trouxe o coco de roda para movimentar o público.
"Precisamos fazer com que todos saibam do Sarau, vamos expandir cada vez mais, uma ótima iniciativa. Hoje, a cidade tem uma juventude que faz rima, batalha de rap, coco, poesia. E isso culmina em saraus. Acredito que eventos como esse ampliam nosso sentimento de unidade na cidade, como uma voz única", concluiu.