Notícias
Cirand’água chega à terceira edição com debate sobre gestão hídrica nas bacias hidrográficas
A gestão dos recursos hídricos é um ativo fundamental no trabalho de conservação ambiental e na melhoria da qualidade de vida da população. Afinal, sem água, não há vida. É pensando na otimização da forma como se gerencia o cuidado desse bem tão precioso que a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promove a terceira edição do projeto “Cirand’água”. Com acesso gratuito, a iniciativa reunirá, no dia 25 de maio, especialistas da área para uma live sobre o assunto.
Coordenado pela pesquisadora Edneida Cavalcanti, da Fundaj, o projeto traz como tema “Comitês Estaduais de Bacias Hidrográficas: desafios da participação no contexto da gestão de recursos hídricos”. A programação, que será transmitida pelo canal da instituição no YouTube (bit.ly/3L5JF7v), começa às 14h30 com palestra do doutor em Ciência Ambiental Ricardo Novaes, que já atuou como consultor para a Unesco. Em seguida, vêm os debates, que contarão com as participações da professora Rosa Formiga (UERJ) e do secretário executivo do Observatório da Governança das Águas (OGA Brasil), Ângelo Lima.
Na fala que dará início aos debates, o palestrante vai detalhar as descobertas e conclusões tiradas durante uma consultoria que fez para a Agência Nacional de Águas (ANA). “O objetivo da consultoria foi conduzir um balanço crítico, com avanços, limites e aprendizados, do Programa Comitês, a partir do conjunto de informações acumuladas nos últimos seis anos, abrangendo 172 CBH's estaduais”, conta o cientista Ricardo Novaes. “Se, de um lado, o programa tem se mostrado bastante efetivo no apoio às Entidades Gestoras Estaduais e aos Comitês, percebe-se uma demanda latente por soluções informacionais automatizadas que permitam a geração simplificada de relatórios”.
A coordenadora do evento, Edneida Cavalcanti, lembra que a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) dialoga com os princípios da Constituição de 1988 ao estabelecer uma estrutura de participação. “Contudo, é importante que a gente compreenda como se dá esse processo de descentralização, principalmente quando o recorte de planejamento é o da bacia hidrográfica e ele não coincide com o recorte político-administrativo de estados e municípios”, analisa. “Na composição dos Comitês, a participação da sociedade civil está relacionada a 20% do número de participantes. Muitas vezes, acontece o predomínio de uma lógica que vem dos setores econômicos nas discussões e decisões”.
Serviço - III Cirand’água
Data: 25 de maio
Horário: das 14h30 às 16h30
Formato: remoto, pelo YouTube
Acesso gratuito