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Cinema da Fundação recebe programação da 4ª Semana do Audiovisual Negro nos dias 21 e 22 de março
Potencializar, difundir e debater trabalhos da população negra e indígena no audiovisual. Essas são algumas das propostas da 4ª Semana do Audiovisual Negro, que terá parte de sua programação abrigada pelo Cinema da Fundação, equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). As sessões vão acontecer na Sala Porto e serão de títulos dirigidos por diretoras e/ou diretores negros, indígenas, amarelos e/ou povos de comunidades tradicionais (quilombolas, ribeirinhos, catingueiros, caiçaras, povos de terreiro, entre outros).
Com programação inteiramente gratuita, a etapa Recife do festival acontece entre os dias 18 e 23 de março, levando ao público filmes, atividades formativas, seminários sobre mercado, economia criativa e educação e muito mais. No Cinema da Fundação, serão exibidos curtas e longas, com mesas de debate após as sessões.
“Aceitamos de pronto receber a mostra considerando as urgentes pautas e visibilidade a serem abertas para pessoas negras e indígenas”, contou o coordenador do Cinema da Fundação, Luiz Joaquim.
Nesta quinta-feira (21), a partir das 13h30, a programação terá a exibição de curtas seguida da mesa de debate “Os desafios das políticas públicas para o audiovisual no Norte/Nordeste”, com mediação de Bruna Tavares (Pajeú Filmes) e participação de Joelma Gonzaga/Sav, Jr Afro/Minc, Diretoria/APAN e Karla Fagundes. Após o bate-papo, o público ainda pode conferir a exibição de um longa-metragem, a partir das 19h30.
Já na sexta-feira (22), após a sessão de curtas, que inicia às 13h30, o debate acontece em torno do tema “O lugar das nossas narrativas dentro do mercado audiovisual”, com mediação de Dani Valentim/Negritude e participação de Everlane de Moraes, Matheus Farias e Graci Guarani.
“Que todo mundo que participa possa se sentir contemplado e acolhido, para que a gente possa ter discussões que frutifiquem e fortaleçam, sabe? Tanto a gente que está produzindo, como todo o público que passa pela SAN, possa se sentir energizado pelo que a gente está construindo”, comenta Bruna Tavares, produtora do festival.
Sobre a 4° Semana do Audiovisual Negro
Chegando em sua 4ª edição, a Semana do Audiovisual Negro (SAN) é um festival inteiramente gratuito que reúne trabalhos de cineastas negros e indígenas de todo o Brasil. O tema das produções inscritas foi livre e podiam ser enviados curtas, médias e longas-metragens, videoartes, intervenções visuais e outros formatos em audiovisual, desde que tivessem sido lançadas a partir de 2021.
A primeira edição da SAN aconteceu em 2019, no Cinema da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a segunda aconteceu em 2021 de forma remota, em virtude da pandemia de Covid-19, e a terceira aconteceu em 2022, no Cinema da UFPE. Com mais de 70 obras selecionadas, a edição de 2024 vai acontecer nas cidades do Recife, ocupando o Cinema do Porto, o Cinema da UFPE e o Museu da Abolição, Camaragibe e Afogadas da Ingazeira. Inaldete Pinheiro, Auxiliadora Martins e Marta Almeida são as homenageadas do evento. A Semana do Audiovisual Negro é um festival independente que conta com o apoio de outras organizações audiovisuais do estado e com o incentivo do Fundo de Cultura de Pernambuco (Funcultura).
SERVIÇO:
4° Semana do Audiovisual Negro
Recife - 18 a 23 de março
Camaragibe - 4, 5 e 6 de abril
Afogados da Ingazeira - 8, 9 e 10 de abril
Programação Cinema da Fundação
Cinema da Fundação/Sala Porto - 21 de março
Horário das sessões: 13h30 (curtas): “Dia de Preto”, de Beto Oliveira; “Jussara”, de Camila Ribeiro; “Dakobo”, de Felipe dos Santos, e “Os Guerreiros da Rua 2 - A Missão”, de Erickson Marinho.
15h30 (curtas): “Será que as casas também sentem saudade?”, de Leandro Machado; “Avôa”, de Lucas Mendes; “Rei da Ciranda Pesada”, de Cíntia Lima, e “MAR.INA”, de Divina Profana.
19h30 (curtas): “Tá Fazendo Sabão”, de Ianca Oliveira; “ABODÔ”, de Bruna Leite e Cecília da Fonte; “Engole o choro”, de Fabio Rodrigo; “O Tratado do Vão Combate ou A Pequena História de uma Bixinha Qualquer”, de Márcio Januário e Henrique Drebes, e “Deixa”, de Mariana Jaspe.
Cinema da Fundação/Sala Porto - 22 de março
Horário das sessões: 13h30 (curtas): “Joana das Mulheres de negócios”, de Nilza Lima; “Quebra Panela”, de Rafael Anaroli; “Expresso Parador”, de JV Santos; “Urubu aterrado”, de Cris Sousa e Weslley Oliveira.
15h30 (curtas): “Caluim..”, de Marcos Alexandre; “Ficção suburbana”, de Rossandra Leone; “Entre o tempo e a memória”, de Deborah Camylle, “Duelo do Rodão”, de Lucas Marçal e Ivana Milka, “Djnastia - O legado do som negro”, Direção Coletiva.
19h30 (curtas): “Pedagogias da Navalha”, Direção Coletiva, “Ramal”, de Higor Gomes, “Sua majestade, o passinho”, de Mannu Costa e Carol Correia, “Geruzinho”, Direção Coletiva, e “Xapiri Mode”, de Dixon.
Cinema da Fundação/Sala Porto - 23 de março
Horário das sessões: 17h30 (curtas), 19h30 (longas).
Seminários
Eixo 01 - Educação e Audiovisual
Mesa 01 - Audiovisual nas universidades
Dia: 19/03 (terça-feira)
Horário: 17:00
Local: Centro de Convenções da UFPE
Mesa 02 - Germinar o olhar de crianças e adolescentes através do cinema
Dia: 20/03 (quarta-feira)
Horário: 17:00
Local: Centro de Convenções da UFPE
Eixo 02 - Economia Criativa do Audiovisual
Mesa 03 - Os desafios das políticas públicas para o audiovisual
Dia: 21/03
Horário: 17:00
Local: Cinema da Fundação/Sala Porto
Mesa 04 - Nossas narrativas dentro do mercado audiovisual
Dia: 22/03
Horário: 17:00
Local: Cinema da Fundação/Sala Porto
Atividades Formativas
PAINEL (Pesquisas Acadêmicas) com GEPAR
Dia 20 de março às 10h
No Centro de Educação - UFPE
PALESTRA (Masterclass) com Everlane de Moraes
Dia 23 de março às 10h
Local à confirmar
As Pretas na História (Sinopse)
PRETAS DA HISTÓRIA é uma obra seriada de curta duração que apresenta mulheres negras que foram ofuscadas e sublocadas pela história dita normativa. A série conta com 10 episódios de 3 minutos cada e apresenta mulheres negras como Dandara dos Palmares, Esperança Garcia, Tereza de Benguela, Rosa Egipcíaca e Páscoa Vieira, dentre outras. As histórias dessas mulheres revelam a força do universo feminino negro. Através da apresentação da vida das Pretas da História irá se (re)conhecer a contribuição delas para a riqueza da identidade brasileira.