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Cinema da Fundação realiza Sessão Chama Curtas em parceria com o Projeto Paradiso
O Cinema da Fundação Joaquim Nabuco realizou a sessão Chama Curtas, em parceria com o Projeto Paradiso, no sábado (29). Foram exibidos os filmes Infantaria (2022), dirigido por Laís Santos Araújo, e As Miçangas (2023), codirigido por Rafaela Camelo e Emanuel Lavor. Além disso, o cineasta Emanuel Lavor ministrou uma masterclass voltada para profissionais do audiovisual, abordando temas como direção de curtas-metragens, internacionalização de projetos e gestão de carreira.
As atividades iniciaram-se com a masterclass "Projeto Paradiso Multiplica - Com Emanuel Lavor: do curta ao longa - caminhos possíveis para roteiristas iniciantes" às 14h, na sala João Cardoso Ayres. Emanuel Lavor conduziu a aula e ofereceu insights estratégicos sobre o desenvolvimento de projetos audiovisuais autorais e antecipou ideias sobre o seu futuro longa-metragem, “A Onça”.
"Tem sido muito incrível sentir que o espaço de Pernambuco está aberto a dialogar sobre reflexões tão minhas, mas que têm muito a ver com se posicionar como cineasta autoral iniciante no mercado audiovisual. Foi muito bom encontrar aqui uma interlocução tão interessada em forjar e fortalecer seus projetos. E dentro desse espaço belíssimo, nessa cidade maravilhosa, foi um movimento incrível que dá uma dimensão como o cinema flui em rede", refletiu Emanuel Lavor, que reside em Brasília e veio ao Recife pela primeira vez exibir uma das suas obras.
O diretor pernambucano Everton Melo foi uma das pessoas que participaram da Masterclass, e opinou: "Eu sou um cineasta emergente e para mim foi incrível ter a oportunidade de ouvir alguém que passou por esses processos na carreira. Foi bem inspirador e motivacional".
A partir das 18h, na sala Derby, os espectadores puderam assistir aos filmes Infantaria e As Miçangas, com acesso gratuito. Após as exibições, houve uma conversa com Emanuel Lavor, acompanhada pelos assistentes de curadoria do cinema, Felipe Karnakis e João Rêgo, proporcionando um espaço para discussão e troca de ideias sobre os filmes apresentados.
"Em relação a Chama Curtas, achei bem interessante a forma que estão criando a relação de diálogo entre os curtas que se passam com cineastas diferentes. Às vezes a gente se acostuma a assistir os curtas no celular, mas assistir na tela grande, fora do circuito de festivais, faz uma diferença enorme", comentou Everton Melo.
"A possibilidade de exibir curtas-metragens e depois dialogar com os diretores e o público é algo incrível. Conseguimos com a sessão do sábado trazer Emanuel Lavor, um diretor de Brasília, e dessa maneira propor uma intercâmbio artístico de referências entre Recife e outros estados, territórios e filmografias", Felipe Karnakis, assistente de curadoria e programação do cinema.
"Com o debate após a sessão e agora uma masterclass, a gente busca reforçar a cultura formativa e educativa do próprio cinema. A ideia é tornar mais horizontal essa relação com o público e sempre gerar discussões que extrapolem a sala de exibição", João Rêgo, assistente de curadoria e programação do cinema.