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Cinema da Fundação celebra o cineasta François Truffaut com mostra temática nos 40 anos de sua morte
As obras de um mestre da Nouvelle Vague ganham um espaço especial nas telas da Fundação em outubro. A Mostra Truffaut celebra a obra do cineasta francês François Truffaut no aniversário de 40 anos de sua morte, com a exibição gratuita de três longa-metragens do artista no Campus Ulysses Pernambucano da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby, nos dias 13, 20 e 26 de outubro.
Um dos grandes nomes da Nova Onda do cinema francês, nos anos 1950 e 60, François Truffaut se destacou pela direção de 21 longas-metragens e um curta-metragem, bem como sua atuação como crítico de cinema na conceituada revista Cahiers du Cinéma. Discípulo de André Bazin, foi contemporâneo de nomes como Jean-Luc Godard e Éric Rohmer.
Por meio de obras como “Os Incompreendidos” e “O Garoto Selvagem”, retratou temas como os dilemas e problemas da infância e da adolescência, em uma carreira artisticamente produtiva, interrompida por sua morte prematura em 21 de outubro de 1984, aos 52 anos.
A Sala Derby do Cinema da Fundação exibirá três longas de Truffaut em formato DCP, legendados em português. As produções foram disponibilizadas pela Cinemateca da Embaixada da França, em Brasília, pelo Consulado da França no Rio de Janeiro e pelo Institut Français, parceiros de longa data do Cinema da Fundação, para marcar os 40 anos de sua morte.
No domingo (13/10), às 15h, “Na Idade da Inocência” (1975) inaugura a Mostra Truffaut no clima de Dia das Crianças, contando a história de pequenos prestes a entrar de férias em uma cidadezinha francesa.
Em 20/10, um dia antes da data que marca os 40 anos da morte de Truffaut, é a vez do clássico romântico “Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois” (1961), que conta a história de uma mulher disputada por dois amigos.
E para encerrar a programação, no dia 27, acontece a sessão de “A História de Adèle H” (1975), produção que lançou a carreira internacional da atriz Isabelle Adjani, que vive a filha do escritor Victor Hugo.
Ernesto Barros, curador do Cinema da Fundação, destaca a relevância contínua da obra de Truffaut para os entusiastas de cinema e para o público em geral.
“Truffaut tem uma importância perene para qualquer público. Sua obra e sua produção crítica continuam a tocar o coração dos cinéfilos mesmo 40 anos depois de sua morte. Ele é uma espécie de padroeiro da cinefilia, pois sua obra é um canto de amor ao cinema e à vida, que eram inseparáveis, como provam filmes como ‘Os Incompreendidos’ e ‘A Noite Americana’.”, destacou.
Programação completa e sinopses dos filmes da Mostra Truffaut
Na Idade da Inocência
1975 | 1h45 | Ficção/Comédia
com Bruno Staab, Philippe Goldman, Nicole Felix, Devlaeminck Laurent, Geory Desmouceaux.
Em Thiers, no Puy de Dôme, um punhado de crianças vive as últimas semanas do ano letivo, ansiosas pelas férias: Bruno, Patrick, Laurent, Mathieu e até Franck, sem esquecer Martine... Todos vivem ao seu próprio ritmo e dão vida a esta aldeia onde os dois professores, a Senhorita Petit e o Sr. Richet, tentam, como podem, captar sua atenção à medida que se aproxima o acampamento de férias.
Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois
1961 | 1h45 | Ficção | Adaptação literária/Drama
com Oscar Werner, Henri Serre, Jeanne Moreau, Marie Dubois
Paris, 1912. Jules, alemão e Jim, francês, são artistas e amigos. Os dois estão apaixonados por Catherine, mas finalmente é Jules quem se casa com ela. A guerra separa o trio.Eles se reencontram em 1918. Catherine não ama mais Jules e se apaixona por Jim.
A História de Adèle H.
1975 | 1h35 | Ficção | Drama/Histórico
com Robinson Bruce, Marriott Sylvia, Isabelle Adjani
Halifax, 1863. Uma jovem mulher usando o nome de Lewly chega ao local com o objetivo de achar o tenente Albert Pinson, por quem é obcecada apesar dele não lhe corresponder o amor. Na verdade, ela é Adèle Hugo, segunda filha de Victor Hugo, o grande escritor francês. Esta situação a deixa em um desespero crescente, ficando perturbada e a levando a um processo de autodestruição.