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Caderno de Estudos Sociais apresenta dossiê temático sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio de sua Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), lançou no dia 31 de dezembro a última edição do Caderno de Estudos Sociais da Fundaj de 2020. O periódico reúne o dossiê “Áreas protegidas e Inclusão Social”. A tiragem é editada pelas pesquisadoras da Instituição Beatriz Mesquita e Edneida Cavalcanti e revisada por Solange Carvalho, professora, revisora linguística e servidora da Fundaj.
“O avanço do desmatamento e das queimadas no Brasil é preocupante e tem impactado um conjunto de Áreas Protegidas, sejam Unidades de Conservação abrangidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), sejam as previstas pelo Código Florestal ou ainda as terras indígenas e quilombolas”, atesta Edneida Cavalcanti.
Ela afirma que muito da discussão sobre Áreas Protegidas ainda se dá através do falso dilema entre proteção da natureza e desenvolvimento e não evidencia a importância dos povos e comunidades tradicionais na conservação, e isso tem prejudicado a implementação de políticas ambientais e acordos internacionais relevantes no Brasil.
A proposta para a elaboração do material, surgiu no processo de organização do IX Seminário Brasileiro sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social (IX Sapis) e do IV Encontro Latino Americano sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social (IV Elapis), organizados pela Fundação Joaquim Nabuco e pelo Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), contando com importantes apoios e parcerias. Os eventos tiveram como tema central “Áreas Protegidas e Inclusão Social em Cenários de Mudanças” e ocorreram em dezembro de 2019.
De acordo com Beatriz Mesquita, a edição seguiu um fluxo editorial respeitando a análise prévia dos editores, avaliação por pareceristas, revisão interna na Fundaj e, por fim, publicação. Do material, a pesquisadora destaca a “intrínseca” relação que existe entre comunidades tradicionais e as áreas protegidas, especialmente Unidades de Conservação. “A publicação é de extrema importância. Destacamos a situação das Unidades de Conservação (UC), que tiveram redução de orçamento e na fiscalização”, declara Beatriz.
O novo volume do Cadernos de Estudos Sociais é composto por oito artigos escritos por autores do Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Rondônia, Amazonas, Pará e da Finlândia, todos participantes do IX Sapis/ IV Elapis. O material conta também com a contribuição especial do autor Alejandro Espinoza-Tenorio, do Golfo do México, que apresenta o dilema da gestão dos bens comuns no contexto de um território marítimo compartilhado entre a pesca e o petróleo.
O autor alerta ainda para a necessidade de se prestar mais atenção nas políticas de desenvolvimento das atividades de petróleo e gás e sua relação com o meio ambiente, comunidades tradicionais e áreas protegidas. Clique para acessar o Volume 35, n.2 de 2020 do Caderno de Estudos Sociais.