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Balanço Dimeca: Em 2020, diretoria realizou Festa Digital do Livro, Diário Visual e Gráfico de Gonçalo Tavares e Prêmio Delmiro Gouveia
Mesmo diante dos desafios apresentados pelo cenário da pandemia de Coivd-19, a Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) teve um ano repleto de atividades. Já no início da pandemia, trouxe à Fundaj adaptações à nova realidade e realizou a Festa Digital do Livro, evento que contou com mais de 18 horas ininterruptas de transmissão, das 6h à meia-noite, no YouTube e nas redes da Fundação, Villa Digital, Museu do Homem do Nordeste, Cinema da Fundação e Cinemateca Pernambucana. A festa celebrou o Dia Internacional do Livro e homenageou a escritora Clarice Lispector por meio de palestras, debates, entrevistas, recitais, filmes e programas de rádio e TV. Ao longo das 18 horas, passaram pela programação escritores, professores, artistas, jornalistas e articuladores culturais do Brasil e do mundo.
Em junho, a Dimeca viabilizou um novo projeto, e a Fundaj passou a publicar diariamente em seu site oficial e nas redes sociais, reflexões inéditas do autor português Gonçalo M. Tavares, nome que já deixou sua marca na literatura, elogiado por figuras como José Saramago. O projeto intitulado Diário Visual e Gráfico também conta com um blog abrigado no site da Fundação onde são publicados gráficos, tabelas, pequenos símbolos, imagens, fotografias e palavras. O objetivo de Gonçalo é, por meio de apontamentos rápidos e micronarrativas, pensar sobre os humanos, suas tragédias, amores e alegrias.
Outra ação da Dimeca foi o Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa, que contemplou 90 projetos, dos nove estados do Nordeste, contemplados com premiação que totalizou R$ 900 mil. Em todo o Nordeste, foram realizadas 542 propostas. O estado campeão de inscrições foi Pernambuco, com 287 propostas, seguido do Rio Grande do Norte, com 58, e Paraíba, com 50. Destinado a iniciativas diversas, desde artesanato a programação de softwares, o Edital recebeu o seguinte número de propostas nos segmentos de cultura, audiovisual, artes visuais, artes de espetáculo, publicações, criações funcionais, patrimônio, arte digital e produtos tecnológicos.
“O ano de 2020 foi muito bom quanto a realizações para a diretoria. Conseguimos adaptar uma pauta de eventos a um formato digital em muito pouco tempo, e o resultado pode ser visto”, analisou o diretor da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mario Hélio.
Eventos remotos
No mês de maio, o Museu do Homem do Nordeste promoveu a 18ª Semana Nacional de Museus, participando da 7ª edição do Museum Week. Em junho, Dimeca lançou o projeto “Artesãos em Rede” para dar visibilidade aos artesãos e artesãs da região Nordeste. Logo depois, realizou o São João na Rede da Fundaj em homenagem a J. Borges. Também para valorizar a história da região Nordeste, lançou a série “Grandes Personalidades do Nordeste”, destacando biografias como as de Padre Cícero, Zumbi dos Palmares e Nísia Floresta.
Em julho, a Editora Massangana fez o lançamento remoto de seus títulos mais recentes, promovendo uma série de palestras com a presença dos/as autores/as para lançar os livros: “Joaquim Nabuco - a voz da abolição”; “Coleção Travessia “Para se ensinar a ler o mundo em prol de uma cultura de paz”; "Coleção Cinemateca Pernambucana", “Almanaque Pernambucano dos Causos, Mal-Assombros e Lorotas”; Revista Ciência & Trópico. No mesmo mês, houve a cerimônia virtual de entrega do acervo do escritor Maximiano Campos (1941-1998) à Biblioteca Blanche Knopf, da Fundaj, além da comemoração de aniversário do município do Cabo de Santo Agostinho, realizada no Engenho Massangana. No fim do mês, foi celebrado o Dia do Escritor na Fundaj com evento em homenagem ao poeta Patativa do Assaré e à Literatura Popular.
No mês de agosto, o Cehibra/Dimeca recebeu a doação do acervo do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes. A Dimeca também promoveu neste mês a Semana do Patrimônio da Fundação Joaquim Nabuco. Em setembro, foi firmada parceria com a Academia Pernambucana de Letras (APL) para a produção e realização conjunta de cursos, conferências, visitas comentadas e apresentações musicais. A primeira ação resultou no ciclo de palestras Celebrações da Memória, que contou com oito debates. A Dimeca ainda promoveu a live “Traduzindo as tragédias de Shakespeare” em parceria com a Feira Literária do Vale do Ipojuca (Flipojuca).
Ainda em setembro, a Fundaj participou da 14ª Primavera dos Museus. No fim do mês, a escritora Clarice Lispector foi homenageada com um selo comemorativo pelo primeiro centenário do seu nascimento. A iniciativa dos Correios foi lançada em parceria com a Fundaj.
Pré-pandemia
O ano começou com novidades, com o Museu do Homem do Nordeste (Muhne) realizando o primeiro Domingo dos Pequenos de 2020 no Museu de Arte Sacra de Pernambuco (Maspe), em Olinda, em diálogo com a exposição “Rogai Por Nós”. Com o apoio da Biblioteca Blanche Knopf, da Fundaj, levou o projeto literário “Interagindo com a História do Seu Bairro” para a 17ª edição da Fenahall, no Classic Hall, em Olinda. Ainda na abertura de 2020, foi iniciado na Cinemateca Pernambucana o curso de “Introdução à História do Cinema”, na sala Geneton Moraes Neto, exclusivamente para crianças e adolescentes.
No Carnaval, aconteceu a exposição “Segurando o Talo por uma Sociologia da Alegria”, em homenagem à troça carnavalesca criada por funcionários da Fundação. Houve também o Domingo dos Pequenos carnavalesco com o tema “Segurando o Talinho”, promovido no campus Casa Forte e na Comunidade do Areal. O início do mês de março foi marcado pelo lançamento da exposição “Abismos de um corpo que falha”, na Galeria Massangana. A mostra foi fruto do edital de Residências Artísticas divulgado pela Dimeca. Depois disso, os eventos passaram a ser virtuais no canal da Fundaj no YouTube e nas redes sociais da Instituição.