Balanço Dimeca: 2021 foi marcado por reabertura de equipamentos culturais

O ano de 2021 foi marcado pela volta do contato presencial com o público na Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco. A diretoria promoveu debates, seminários e ações que destacaram, valorizaram e difundiram a cultura e arte da região do Nordeste. O ano começou com grandes eventos, como o Carnaval de Todos os Tons, que contou com dez dias de programação virtual e presencial para celebrar o frevo. Na ocasião, ainda foi lançado o Concurso Nordestino do Frevo.

Os meses longe do público chegaram ao fim em agosto de 2021. Depois de tanto tempo sem poder partilhar informação, cultura, memória e identidade presencialmente, a Fundaj reabriu seus equipamentos - Museu do Homem do Nordeste, Cinema da Fundação, Biblioteca Blanche Knopf, a Sala de Leitura Nilo Pereira, Engenho Massangana, Villa Digital e Cinemateca Pernambucana. As ocasiões foram marcadas pela presença de recifenses saudosos.

A valorização ao cinema foi uma das principais metas da Fundaj em 2021. Dentre as ações para alcançá-la, a instituição inaugurou a instalação da Cinemateca Pernambucana em uma nova sede. O espaço é dedicado à difusão e preservação da memória da sétima arte pernambucana e ganhou sede oficial no Anexo B do Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, que integra o Complexo Cultural Gilberto Freyre.

Cinema do Porto
Abrir um novo equipamento cultural foi outro desafio que a Fundaj aceitou em 2021. O Cinema do Porto chegou ao Bairro do Recife em dezembro, com o objetivo de continuar incentivando a cultura local e nacional pelo estado e preservar a produção cinematográfica. O espaço também reforça outro objetivo da Fundaj: democratizar a cultura por meio da acessibilidade. A sala conta com recursos como elevadores para cadeirantes.

“O ano foi especial sob vários aspectos, sendo o primeiro deles a retomada gradual e cuidadosa das atividades presenciais. Entre as muitas ações realizadas, destacamos a II Festa Digital do Livro, o Concurso Nordestino de Frevo, a entrega do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa e a inauguração do novo cinema, o Cinema do Porto”, celebrou o diretor da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mario Hélio.

Destaque ao livro
Pelo segundo ano consecutivo, o Dia Mundial do Livro, 23 de abril, foi celebrado com a Festa Digital do Livro. Com uma programação temática chamada “As muitas vozes do livro”, o evento rendeu homenagens durante o dia inteiro, com a webserie “Livros & Leitores”, que contou com vídeos de depoimentos de leitores sobre obras que marcaram suas vidas, primeiras leituras e experiências afetivas com livros pelo canal do YouTube, além de episódios divulgados no Spotify da instituição com narrativas de convidados que representaram as diversas vozes leitoras. A programação teve ainda uma exposição virtual chamada "Mário Souto Maior: Etnólogo, folclorista, escritor, educador", com parte do acervo da Biblioteca Blanche Knopf sobre a vida pessoal, familiar e profissional de Souto Maior.

A XIII Bienal Internacional do Livro, em outubro, foi outra oportunidade da Fundaj de reforçar os laços com seu público. Cerca de 5 mil pessoas visitaram o estande da Instituição durante os doze dias do evento, vivendo experiências culturais e educativas, como oficinas, exposição e consulta do acervo digitalizado. O homenageado foi o documentarista Edson Nery da Fonseca.

Homenagens
Homenagear personalidades importantes é também preservar a memória de seus legados. Por isso, a Fundaj buscou formas de celebrar a vida de tantas pessoas importantes, como Anísio Teixeira, o patrono da educação pública, que foi o personagem principal das atividades do Museu do Homem do Nordeste.

Já a exposição "As 7 vidas de Edson Nery da Fonseca" celebrou a importância de Edson Nery da Fonseca. A mostra foi composta por fotografias de gatos, uma das paixões do bibliotecário, como forma de celebrar o centenário do seu nascimento. Também foi homenageado foi Maximiano Campos, com a mostra “O Domador de Sonhos: 80 anos de Maximiano Campos”. A montagem foi produzida pela Biblioteca Blanche Knopf.

Concursos
Ao longo do ano, a Fundação Joaquim Nabuco criou ações para valorizar os produtores de cultura, arte e educação do Nordeste. Além do Concurso Nordestino de Frevo, a Fundaj promoveu o II Prêmio Geneton Moraes Neto de Jornalismo que teve como diretriz reportagens em vídeo e texto que abordassem a temática “Os Recursos Hídricos do Brasil”, pensando em valorizar o jornalismo brasileiro de qualidade.