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Apresentação de coco e oficinas marcam celebração do Mês da Consciência Negra no Muhne
Coco, folhas, ervas e vestimentas da Nação Xambá: as raízes ancestrais da cultura africana serão celebradas nesta quarta-feira (23) no Museu do Homem do Nordeste (Muhne). O equipamento da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) vai receber a Casa Xambá às 19h para ministrar atividades no espaço, em alusão ao Mês da Consciência Negra. A ação será realizada para uma turma da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai) da Escola Municipal Mércia de Albuquerque, localizada na Ilha do Retiro, no Recife.
A programação faz parte de um acordo de cooperação técnica realizado entre a Fundaj e a Casa Xambá em 2021 com o objetivo de perpetuar os saberes e influências africanas no Brasil e a pluralidade da população negra. “Toda ação que é feita onde o intuito é acessibilidade, de forma a projetar e ampliar o conhecimento dos povos africanos que compõem grande parte da nação brasileira, é vista dentro de um processo de ensino e aprendizagem inclusivo e é isso que a Fundaj defende”, ressalta a coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva.
Durante o evento, o grupo Coco Miudinho da Xambá se apresentará e levará as vivências negras para o público por meio da musicalidade. O ritmo do coco é uma manifestação cultural que tem base nos quilombos e engenhos de açúcar e carrega a memória da população negra no Nordeste. Além de celebrar esse legado, a programação do Muhne vai contar com oficinas de Ervas e de Vestimentas. Integrantes da Casa Xambá vão falar sobre as folhas e ervas que são utilizadas na tradição Xambá, de forma religiosa e também no dia a dia, e sobre a função das vestimentas na Nação Xambá.
"É importante porque a gente consegue levar um pouco daquilo que é a nossa cultura, a nossa história, o que a gente vivenciou e vivencia no dia a dia ao longo de toda a nossa trajetória no quilombo do Xambá. Estar diante de alunos, que muitas vezes não tem conhecimento do que é a formação cultural do nosso país, é uma oportunidade da gente poder levar pra eles essa diversidade e desmistificar alguns preconceitos sobre as religiões de matrizes africanas", conta Gleydson Silva, secretário da Casa Xambá.