Notícias
Aluna é aprovada com nota 10 em TCC da Especialização em Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural Edificado da Fundaj
A Fazenda Santa Mônica, no município de Valença, no estado do Rio de Janeiro, um patrimônio rural da arquitetura cafeeira, tombada pelo Iphan, foi o objeto de pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso de Paula Sampaio de Almeida Alexandre, aluna da Pós-Graduação em Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural Edificado da Escola de Governo da Diretoria de Formação Profissional e Inovação (Difor) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), que teve sua defesa aprovada com nota 10, pela banca examinadora na quarta-feira (7).
O projeto "Fazenda Santa Mônica/RJ: uma proposta de intervenção a partir da revisão dos valores patrimoniais e seus usos" teve como objeto norteador a importância histórica e cultural da fazenda e a degradação da sua estrutura física. As terras onde a fazenda está localizada, às margens do rio Paraíba do Sul, foram doadas pelo Príncipe-Regente D. João VI ao Marquês de Baependy, Manoel Jacintho Nogueira da Gama, em 1814, onde trabalhavam cerca de 700 escravos. O local viveu a alta e a baixa fase da produção cafeeira. Lá morou e faleceu o militar e patrono do Exército, Duque de Caxias.
“Achei muito interessante o que você falou sobre o papel das pessoas escravizadas nesse lugar, porque eu acho que tem uma grande riqueza para a gente pensar os paradigmas de trabalhar com esses bens, no Vale do Paraíba, as grandes sedes de fazenda. E é muito interessante, pois estamos lidando com as narrativas dominantes, quando traz a questão do Exército, como ocorreu em Duque de Caxias, a história da agricultura cafeeira, das pessoas escravizadas e a história militar, que geralmente domina as demais”, disse a arquiteta e professora titular externa da banca examinadora, Sandra Magalhães Corrêa.
O professor titular externo, Pedro Valadares, parabenizou a aluna e ressaltou que o trabalho foi muito bem elaborado e tem uma coesão muito grande. “Você demonstra ter um conhecimento excelente!.” A orientadora Ana Cláudia Magalhães destacou que a especialização tem o mérito de aperfeiçoar quem trabalha na preservação de prédios históricos e afirmou que Paula Sampaio demonstrou dedicação. Emocionada, a aluna retribuiu: “Estou muito feliz e surpresa e queria agradecer muito também. Estou muito feliz e aliviada. Muito obrigada!”, enfatizou. A versão final do trabalho será entregue à Coordenação Pedagógica, no prazo máximo de 15 dias úteis.