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Almery Steves é celebrada pela Cinemateca Pernambucana Jota Soares no próximo domingo (27)
Primeira estrela da produção cinematográfica de Pernambuco, nos anos 1920, Almery Steves será homenageada pela Cinemateca Pernambucana Jota Soares, na passagem dos seus 120 anos de nascimento. No próximo domingo (27), véspera da sua data natalícia, terá uma programação gratuita com Sessão Cinemateca e a abertura de uma exposição fotográfica sobre a vida e a obra da artista. A Cinemateca é vinculada à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
A atriz pernambucana Almery Steves, nascida em 28 de outubro de 1904, foi uma das primeiras mulheres a trabalhar com cinema do Nordeste. Almery, nome artístico de Maria Esteves Torreão, tornou-se a grande estrela do Ciclo do Recife, movimento que aconteceu entre 1923 e 1931. Estreou aos 19 anos como protagonista de Retribuição (dir. Gentil Roiz, 1924). Casou-se com o roteirista, diretor e também ator, Ary Severo. O casal contracenou ainda nos filmes Aitaré da Praia (dir. Gentil Roiz, 1925), Dança, Amor e Ventura (dir. Ary Severo, 1927) e Destino das Rosas (dir. Ary Severo, 1930). Muito além de seu tempo, Almery foi ousada ao viver sua vocação.
Às 14h, na Sala Museu do Cinema Fundação, será exibido o longa-metragem Aitaré da Praia, uma das mais bem sucedidas realizações do Ciclo do Recife, de 1925, dirigida por Gentil Roiz. Em seguida, haverá um bate papo com a participação de familiares de Almery, a neta Cristiana Torreão, que participará virtualmente, e a sobrinha-neta, Bruna Steves, que estará presencialmente, além do professor, pesquisador e cineasta, Alexandre Figueirôa.
Paralelamente, a Cinemateca Pernambucana Jota Soares estará aberta ao público com a exposição Almery Steves - 120 anos. Mais do que uma cronologia, a exposição lança um olhar para a ousadia e o talento da atriz e com isso se volta para a aventura que foi fazer cinema, no início do século passado e o destaque que teve o Ciclo do Recife na cinematografia nacional.
A trama de Aitaré da Praia se passa em uma aldeia de pescadores. Aitaré namora Cora, uma moça da localidade. Numa viagem de jangada em dia tempestuoso, ele salva o rico Coronel Felipe Rosa e sua filha, que ficam retidos nessa pequena aldeia de pescadores até a chegada de um barco, que os leva de volta à cidade de Recife. Por causa das intrigas, Cora e Aitaré se desentendem, somente cinco anos mais tarde, tudo será esclarecido. O roteiro é de Ary Severo, que também integra o elenco e tem produção de Edson Chagas.
A obra é uma ficção do cinema mudo brasileiro, produzida pela Aurora Filme e gravada na região metropolitana do Recife. O longa é uma resposta a críticas dos colunistas nos jornais nacionais, que alegavam que os filmes do Ciclo do Recife eram cópias do cinema americano. A obra faz parte do acervo da Fundaj e está disponível on-line no portal da Cinemateca Pernambucana Jota Soares.
Serviço:
120 anos de Almery Steves
27 de outubro de 2024
14h
Campus Gilberto Freyre da Fundaj
Avenida 17 de agosto, 2187,
Casa Forte Recife - PE
Exposição
27 de outubro a 29 de novembro de 2024
Cinemateca Pernambucana Jota Soares, Sala Almery Steves.
Excepcionalmente no domingo, dia 27/10, às 14h
De terça a sexta, das 10h às 16h
Entrada gratuita
Sessão Cinemateca
27 de outubro de 2024, às 14h
Sala Museu do Cinema da Fundação
Entrada gratuita