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A Cultura Popular é o tema do Sonora Coletiva com o historiador, escritor, poeta e compositor carioca Luiz Antonio Simas
“Professor, escritor, poeta e compositor. Vivo das aulas que dou e dos livros que escrevo. Prêmio Jabuti de Livro de Não Ficção do ano, em 2016”. Assim, o carioca Luiz Antonio Simas se apresenta nas redes sociais. Mas esse carioca e professor de História do Ensino Médio, com mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é e faz muito mais que tudo isso. Nos últimos 30 anos, por exemplo, tem se dedicado a compreender e, de certa forma, a explicar que não existe apenas um Brasil, mas muitos Brasis.
Para enfrentar tamanho desafio, Simas já escreveu mais de 20 livros abordando, sobretudo, os Brasis e as pessoas que frequentam as ruas, não o país dos bacharéis aquartelados em gabinetes. O Brasil que lhe interessa é o do futebol, mas o futebol que teima em não abandonar as gerais e as várzeas; é o país das religiões de matrizes africanas que resistem; é o país das ruas e dos botequins com as suas personagens reais; é o país dos pretos e pretas que mantêm vivo o samba carioca. Enfim, daquelas personagens que fazem a nossa ‘cultura popular’.
Foi como cronista, que não abandona sua condição de historiador, não apenas do Rio, mas desse país tão diversificado quanto múltiplo, que Simas escreveu, por exemplo, ‘Ode a Mauro Shampoo e Outras Histórias da Várzea’ (Mórula Editora, 2017), em que homenageia o jogador símbolo do Íbis Sport Club, autointitulado o pior time do mundo. A ‘Ode’ não poderia ser diferente e ressalta o quanto o “fracasso” do time e do jogador os tornam símbolos de um futebol que esnoba o espetáculo e o resultado em favor de uma histórica que se faz, à sua maneira, também épica.
Autor de clássicos como o ‘Dicionário da História Social do Samba’, escrito com o historiador e sambista Nei Lopes (Civilização Brasileira, 2015) e do recente ‘O Corpo Encantado das Ruas’ (Civilização Brasileira, 2021), Simas se prepara para lançar ‘Sonetos de Birosca e Poemas de Terreiro’ (José Olympio) e estará no próximo Sonora Coletiva (29/9, às 19h30) para um bate-papo sobre o seu trabalho. O episódio será transmitido ao vivo pelo Canal multiHlab no YouTube. O Sonora Coletiva é uma atividade experimental da Revista Coletiva, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), e é apresentado por um de seus editores, o pesquisador Túlio Velho Barreto.
SAIBA MAIS
SONORA COLETIVA é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos e artigos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o Canal multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj.
SERVIÇO
LIVE - SONORA COLETIVA
Outros e Tantos Brasis, com Luiz Antonio Simas
29 SET (Quinta) - 19h - Canal multiHlab no YouTube
Apresentação: Túlio Velho Barreto (Pesquisador/Fundaj)