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3º Encontro de Egressos e Egressas do PPGECI reforça o papel do conhecimento na construção de uma sociedade mais justa
Um dia de muito aprendizado, assim foi o 3º Encontro de Egressos e Egressas do Programa de Pós-Graduação em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI), promovido na sexta-feira (15), pela Diretoria de Formação Profissional e Inovação (Difor) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O programa é fruto da parceria entre a Fundaj e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Com atividades durante todo o dia na Sala Calouste Gulbenkian, no Campus Gilberto Freyre, em Casa Forte, o evento teve como tema “Desafios e reverberações das interseccionalidades nos processos educativos”.
A atividade foi aberta pela diretora da Difor, Ana Abranches, que lembrou a trajetória de criação do PPGECI, que completa 10 anos de sua criação em 2023. A diretora falou sobre a alegria de compartilhar o momento com pessoas que estiveram na primeira turma e reforçou a importância da parceria entre a Fundaj e a UFRPE. "A Fundação Joaquim Nabuco e a UFRPE têm uma parceria muito forte, que a gente pretende continuar. Esse programa é muito bonito. Ele é muito especial. Os projetos, os objetos de estudos aqui são, muitas vezes, os pioneiros, com esse corpo docente e com essa energia de vocês", afirmou.
A mesa de abertura também contou com a participação da coordenadora do PPGECI, Cibele Rodrigues, e da pró-reitora de Pós-Graduação da UFRPE, Madalena Guerra. "Tenho aprendido bastante. É interessante e emocionante acompanhar de perto as pesquisas, com trocas importantes, acho que isso é uma marca nossa, das nossas temáticas, algumas inovadoras, como a dissertação de Robson Silva. Uma outra marca do nosso programa é a inserção social, com os movimentos sociais. Não é uma produção do conhecimento pelo conhecimento, é também uma produção do conhecimento comprometida com a transformação social" destacou Cibele Rodrigues.
Em seguida, houve o lançamento do Edital para publicação em E-book dos trabalhos dos egressos em celebração aos 10 anos do PPGECI, com Aline Lopes (comissão organizadora do evento/turma 2023), e a mesa “Memórias e Narrativas do PPGECI: Espaços e Tempos educativos”, coordenada por Graça Elenice, pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde, e pela professora Flávia Peres (UFRPE). Em sua fala, Graça Elenice propôs dialogar experiências enquanto discente egressa, abordou as bases teóricas do PPGECI, trouxe histórias e memórias do programa e temas emergentes, como educação para as relações étnico raciais, educação popular, gênero, infância, juventude, educação no/do campo, dentre outras.
As atividades no turno da tarde foram abertas pela presidenta da Fundação Joaquim Nabuco, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, que tratou da educação básica, da problemática da condição das escolas e da importância ímpar da juventude na luta pela educação de qualidade para todas as pessoas e por um país melhor. "A situação das escolas é de fato uma problemática que precisa ser aprofundada. A educação é um bem social que faz com que propicia o desenvolvimento de pessoas capazes de olhar criticamente esse mundo e se posicionar diante das questões da sociedade, do mundo do trabalho, ainda mais em um país como o nosso, de tanta desigualdade", afirmou.
A palestra da tarde foi ministrada pelo professor da UFPE, Paulo Rubem, doutorando em Educação Com experiência no parlamento brasileiro, ele trouxe um olhar diferenciado na conferência “Desafios do Financiamento na Educação”, sob coordenação de Rachel Mello (UFRPE/PPGECI). Em sua fala, Paulo destacou, principalmente, a necessidade de conhecimento e acompanhamento da macroeconomia para fundamentar a luta por investimentos dignos em educação. "Em torno da discussão das regras da tributação está a discussão de quem concede ou não patrimônio ao estado. E aí quem tem mais poder político e capacidade econômica, passa imune. Ou seja, joga-se o ônus da tributação para o consumo de bens e serviços, não para o patrimônio e a renda do capital. É preciso, então, repensar os paradigmas que sustentam a discussão do financiamento da educação. Temos condições sim", observou..
A emoção também se fez presente durante o evento, com o lançamento do livro “A voz da criança no teatro infantil: a dramaturgia na berlinda”, de Ana Elizabeth Japiá Mota, que contou com coordenação de Ana Paula Abrahamian (UFRPE/FUNDAJ/PPGECI) e exibição do documentário DESYRRÊ, por José Robson da Silva. O momento contou com a participação da própria Desyrre, personagem principal do filme, no qual mostra a vivência na pele de resistir e persistir em sua trajetória. José Robson então tratou do tema “Pode o corpo Drag Queen educar? Corpos abjetos entre saberes, montações e processos educativos nos coletivos LBTQIAP+ no Sertão do Pajeú”.
Por fim, foram realizadas as mesas “Educação e vínculos entre política, movimentos sociais, arte, culturas e identidades” e Mediação de Patrícia Simões “Os desafios das pesquisas com Infâncias e juventudes”, com Raquel Aragão (UFRPE/PPGECI), Ana Beatriz, Maria Aparecida Vieira de Melo, Isaac Assunção, Emmanuelle Marques, Renata Carvalho da Silva, Rosimere Ferreira da Penha, Gustavo Jaime Filizola, Anderson Ramalho e Ana Julia Lacerda.